Por Fernando Brito | 19/12/2020
O mundo precisa atirar-se aos pés de Jair Bolsonaro, o iluminado homem
que, em menos de 40 minutos, além de comprovar “cientificamente” a eficácia da
hidroxicloroquina na terapia dos infectados pela Covid 19. anunciou que “a
pandemia realmente está chegando ao fim” e que a “pressa para a vacina não se
justifica”;
Fim da pandemia? “Os números têm mostrado isso aí. Estamos com uma
pequena ascensão agora, o que se chama de pequeno repique; pode acontecer.”
Isso é dito no momento em que se encerra a semana em que o Brasil
registrou o maior número de casos – 333 mil, de 12 a 19/12 – desde o início da
pandemia.
Mas, para ele, “o Brasil está muito bem, graças ao tratamento precoce
com a hidroxicloriquina”,
Em uma exibição patética ao lado do filho, Bolsonaro insinuou que a
pressa em obter vacinas pode ter interesses de corrupção.
Não tenho pressa em gastar, viu, governador, não estamos com pressa em
gastar dinheiro. A nossa pressa é salvar vidas. Não quero fazer mau juízo de
quem quer que seja, mas é muito suspeita esta pressa em gastar quase R$ 20
bilhões para comprar a vacina.
Depois do general da Saúde ter perguntado “para que tanta angústia” com
a questão da vacina, agora é seu próprio chefe quem diz que não há pressa.
E dois desgraçados destes são mantidos no pode por militares cínicos e
covardes, sem brios, que veem setecentos de seus homens caírem mortos todos os
dias e balançam a cabeça: para quê pressa mesmo, não é?
Pressa tiveram na hora de aumentarem seus soldos e vencimentos, não é?
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