Por Fernando
Brito | 07/12/2020
O Conjur
publica que o Procurador Geral da República, Augusto Aras, pediu a anulação de
cláusula do acordo de leniência da JBS que previa a entrega, pela empresa de R$
270 milhões para uma “ONG” criada pela Força Tarefa da lava Jato com a
Transparência Internacional para a fundação de uma entidade “para atender a
imposição de investimentos sociais” das obrigações impostas ao frigorífico.
É uma espécie
de “replay” do que a Lava Jato tentou fazer com os recursos que a Petrobras
pagou nos EUA por um acordo de leniência com o Departamento de Justiça daquele
país, num acordo bem mais “gordo”, que daria aos procuradores poderes cobre
como destinar R$ 2,5 bilhões.
O dinheiro da
JBS – que não tem sequer nada a ver com a Lava Jato – ia servir para uma
“campanha educativa contra a corrupção”, certamente desenvolvida pelos
“reizinhos” de Curitiba, em parceria com o diretor-executivo da filial
brasileira da Transparência Internacional, Bruno Brandão, destinatário de
pedidos de Deltan Dallagnol para produzir manifestações de apoio à Lava-Jato, como
revelaram as mensagens publicadas pelo The Intercept e pela Agência Pública.
É espantoso
que continue a existir este cancro que é a Força Tarefa da Lava Jato. Usar a
função de fiscal da lei, paga pelo dinheiro do contribuinte, para arquitetar
negócios escusos só é menos escandaloso do que o escãndalo de continuarem
impunes nos seus cargos.
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