21 de dezembro de 2020
O ministro da
Economia, Paulo Guedes, está com os dias contados no governo. O Blog do Esmael
apurou que o prazo de validade do representante dos bancos no governo é 2 de
fevereiro de 2020. Explica-se abaixo.
O dedline
[linha da morte] para Paulo Guedes são as eleições na Câmara e no Senado. Em
caso de vitória de Bolsonaro, isto é, do Centrão, o ministro da Economia “voa”
do cargo imediatamente.
Não há
discordâncias entre o presidente Jair Bolsonaro e Guedes “no tocante” à
economia, ou seja, à desgraça neoliberal, que privilegia bancos e rentistas em
detrimento da produção e do emprego. Pelo contrário.
A desavença
entre Guedes e Bolsonaro começou a surgir na eleição na Câmara quando os
parlamentares de centro-direita e de esquerda, em torno do bloco de Rodrigo
Maia (DEM-RJ), cerraram fogo contra a pauta de costumes do inquilino do Palácio
do Planalto. No entanto, preservaram a agenda econômica. Maia, inclusive,
elogiou Guedes enquanto chamava Bolsonaro de mentiroso.
Bolsonaro
tinha acusado Maia de emperrar o pagamento do 13º do Bolsa Família. O
presidente da Câmara foi à tribuna chamar Bolsonaro de mentiroso na última
sexta-feira (18).
“Peguem as
redes sociais dos bolsominions, que você vai ver que está lá: ‘Rodrigo Maia
derruba e caduca medida provisória do 13º do Bolsa Família e do BPC’. Então, é
uma articulação conjunta para desqualificar e desmoralizar a imagem dos
adversários do presidente da República. Mas hoje, o próprio ministro Paulo
Guedes confirmou que o presidente é mentiroso, quando disse que de fato não há
recursos para o 13º do Bolsa Família”, disse.
Até as emas
que pastam o gramado do Palácio da Alvorada, residência oficial do governo,
sabem que os Bolsonaro guardam a mágoa na geladeira para conservá-la bem. Que o
digam os ex-ministros Sergio Moro, Gustavo Bebianno (falecido) e Henrique
Mandetta –só para ficar em três exemplos.
Numa
entrevista com seu pai, o presidente Bolsonaro, o deputado Eduardo Bolsonaro
(PSL-SP) perguntou se alguma vez Guedes esteve prestes a sair do governo.
Jair Bolsonaro
desmentiu dizendo que, às vezes, Guedes fica irritado com votações no
Congresso. “Agora, no tocante a sair [ele] falou que vai sair comigo.”
O problema é
que a entrevista de Eduardo Bolsonaro com o seu pai foi gravada antes do elogio
de Maia a Guedes, na última sexta-feira. A impressão que ficou é que, se cair
Bolsonaro, o ministro da Economia continua no cargo cuidando dos interesses dos
bancos. Um horror, portanto.
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