(Foto:
Divulgação)
Investigadores do MP-RJ acredita ter chegado ao suspeito de
clonar o veículo usado na emboscada para assassinar Marielle Franco (PSOL). De
acordo com o órgão, ele é defendido pelo mesmo advogado de Ronnie Lessa, que
morava no mesmo condomínio de Jair Bolsonaro e é acusado de cometer o crime
6 de dezembro
de 2020
Agência
Sputnik - Em meio às investigações, o Ministério Público (MP) acredita ter
chegado ao suspeito de clonar o veículo usado na emboscada à vereadora. Segundo
o MP, ele é defendido pelo mesmo advogado de Ronnie Lessa, acusado de cometer o
crime.
A polícia e o
Ministério Público descobriram uma importante pista que pode ajudar na
investigação do assassinato da ex-vereadora Marielle Franco e seu motorista,
Anderson Gomes.
A nova
descoberta pode levar os investigadores ao responsável pela clonagem do carro
usado na emboscada às vítimas. O MP descobriu que Eduardo Almeida Nunes de
Siqueira, morador da Muzema, favela dominada pela milícia, clonou um veículo do
mesmo modelo daquele que foi usado no crime.
Coincidência
ou não, escreve o jornal O Globo, o advogado Bruno Castro, que defende
Siqueira, é o mesmo que atua para o sargento reformado da Polícia Militar
Ronnie Lessa, acusado de executar Marielle e Anderson.
Eduardo
Siqueira admitiu que já clonou vários veículos, inclusive um Cobalt prata, ano
2014, semelhante ao veíuclo usado pelos assassinos. O Cobalt teria sido trocado
por um Fiat Palio, numa negociação com um miliciano conhecido como Pepa.
Ao ser
perguntado pelos investigadores, em 2018, se o carro foi usado na morte de
Marielle e Anderson, Siqueira respondeu "não saber informar".
Contudo, ao ser confrontado com as imagens do Cobalt usado no crime, Siqueira
disse que "viu grande semelhança com o veículo que esteve em suas
mãos" e que, posteriormente, passou para uma pessoa de nome Rafael.
Outras pistas
Além da nova
pista, a polícia segue outras linhas de investigação. Uma delas é que a ordem
para matar Marielle partiu do ex-bombeiro, ex-vereador e miliciano Cristiano
Girão.
O objetivo
seria se vingar do deputado federal Marcelo Freixo (PSOL). Girão era um dos
nomes da lista da CPI das Milícias, em 2008, presidida pelo parlamentar na Assembleia
Legislativa do Rio de Janeiro.
A polícia
também aguarda o julgamento de três recursos no Supremo Tribunal de Justiça
(STF). Em um deles, o Google recorreu da decisão do Superior Tribunal de
Justiça (STJ), que determinou o fornecimento de informações envolvendo o crime
às autoridades.
Um dos pedidos
diz respeito à entrega da lista de pessoas que pesquisaram na ferramenta de
buscas o nome "Marielle Franco", entre 10 e 14 de março de 2018. O
MPRJ também quer que a empresa informe o trajeto do carro usado pelos
assassinos em diferentes dias.
0 comentários:
[ Deixe-nos seu Comentário ]
Os comentários aqui postados expressam a opinião dos seus autores, responsáveis por seu teor