(Foto: Reuters)
Publicação que apoiou o golpe contra Dilma
e a prisão política de Lula – e portanto a ascensão do bolsonarismo – hoje
lamenta que o País esteja à deriva
31 de dezembro de 2020
Co-responsável pela ascensão do bolsonarismo, ao apoiar o golpe contra a
ex-presidente Dilma Rousseff e a prisão política do ex-presidente Luiz Inácio
Lula da Silva, o jornal Estado de S. Paulo hoje vê o Brasil perdido e à deriva.
"A Nação está refém do inconcebível descaso de Jair Bolsonaro pela vida e
pela saúde pública, quando, como ocorre em qualquer país normal, deveria ser
bem liderada por seu presidente no curso da mais letal emergência sanitária que
se abateu sobre o Brasil desde 1918", aponta o texto do editorial desta
quinta-feira 31.
"Nesta hora grave, a postura insultuosa de Bolsonaro diante das
aflições dos brasileiros deve ser vista como uma traição ao juramento por ele
prestado sobre a Constituição ao tomar posse como presidente da República.
Aquele que deveria ser o líder de todos os esforços nacionais para acabar com
um flagelo que há dez longos meses exaure o espírito de milhões de seus
compatriotas, ao contrário, é o primeiro de uma penca de sabotadores desses
esforços. E com indisfarçável satisfação", prossegue o editorial.
"Não se esperava que o Brasil fosse um dos primeiros países a
vacinar seus cidadãos. Afinal, havia países mais desenvolvidos com condições de
sair na frente em suas campanhas de vacinação. Tampouco condiz com a grandeza
do País não haver sequer previsão segura do início da imunização por aqui. E
não há porque Bolsonaro nunca quis que houvesse", finaliza o editorial,
que não tem a coragem de propor o óbvio: o Fora Bolsonaro.
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