(Foto: STF | Stuckert | ABr)
Colunista do Estado de S.Paulo, Eliane
Cantanhêde destaca que a decisão do ministro Ricardo Lewandowski, do STF, de
dar acesso aos arquivos hackeados da Lava Jato para os advogados do
ex-presidente, “é pró-Lula, anti-Moro” e o momento foi escolhido “a dedo, com o
Supremo já em chamas”. Para ela, o STF deve tornar Lula "elegível em
2022"
29 de dezembro de 2020
A colunista do Estado de S.Paulo Eliane Cantanhêde escreveu, nesta
terça-feira, 29, que ao dar acesso aos arquivos hackeados da Lava Jato para os
advogados do ex-presidente Lula, o ministro do STF “Ricardo Lewandowski tirou o
pino da granada e vem por aí uma explosão política com epicentro no Supremo
Tribunal Federal e estilhaços nas eleições presidenciais de 2022”. Cantanhêde
conclui: "Se o STF declara a suspeição de Moro, tudo volta à primeira
instância, à estaca zero. E Lula se torna elegível em 2022".
“Lewandowski escolheu o momento a dedo, com o Supremo já em chamas”,
escreve. Segundo ela, “o impacto mais previsível tende a ser no julgamento
sobre os pedidos de suspeição de Moro nos casos de Lula, que estão na Segunda
Turma do STF e embutem a tentativa de anular suas condenações pelo triplex do
Guarujá, pelo qual já ficou 580 dias preso, e pelo sítio de Atibaia”.
Segundo a colunista, que apoiou a Lava Jato, o golpe de 2016 e a eleição
de Bolsonaro, Gilmar Mendes tem uma posição estabelecida sobre o caso, que não
escapa à comparação com Flávio Bolsonaro:
"'A gente deve a Lula um julgamento decente', repete Gilmar há
anos, enquanto nas redes sociais grassa uma comparação: o senador Flávio
Bolsonaro (Republicanos-RJ) comprou e vendeu uns 20 imóveis, muitas vezes com
dinheiro vivo, mas Lula foi preso por um apartamento que nunca comprou, vendeu
ou usou".
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