25 de janeiro de 2021
A depressão econômica promovida pelo presidente Jair Bolsonaro e o
ministro da Economia, Paulo Guedes, fez mais uma vítima esta semana: a 3M do
Brasil, que também cerrou as portas, duas semanas depois de a Ford anunciar que
deixaria o País.
A falta de massa salarial, ocasionada pelo desemprego, leva à
superprodução e ausência de compradores dos produtos. Esta é face mais visível
da depressão econômica, que foi acelerada com a pandemia, mas ela já estava
sendo em gestão pelo governo.
O quadro de depressão econômica não tem sem chance de recuperação nos
marcos do bolsonarismo e do neoliberalismo, diga-se para o bem da verdade.
A 3M anunciou o encerramento das atividades de fábrica em São José do
Rio Preto (SP), demitindo 120 funcionários e engrossando a lista das
corporações que aos poucos deixam o País. O ex-ministro Nelson Barbosa lembra
que desde 2016, quando houve o golpe, o governo federal optou pela extinção de
vários programas de diversificação produtiva.
A Minnesota Manufatureira Mercantil (3M do Brasil) anunciou para o
segundo trimestre de 2021 o encerramento das atividades da fábrica dedicada à
produção de insumos para o segmento odontológico em São José do Rio Preto (SP).
Com a medida, 120 funcionários serão demitidos.
O comunicado da 3M afirma que “a decisão é resultado de uma estratégia
de negócios”, e que os trabalhadores dispensados “estão recebendo apoio da empresa,
incluindo um pacote de indenização, benefícios e treinamento para recolocação
no mercado”.
Sediada no estado de Minnesota (EUA), a 3M iniciou as operações no
Brasil em Campinas (SP), em 1946. Hoje, a administração e também o maior parque
fabril se localizam em Sumaré (SP), que agora concentrará a Divisão de Produtos
Odontológicos. A empresa tem cerca de quatro mil funcionários no Brasil. Outras
fábricas estão situadas em Ribeirão Preto, Itapetininga, Mairinque (SP), Manaus
e Bom Princípio (RS).
Entre as maiores fabricantes mundiais de equipamentos de proteção
individual (EPI) utilizados por profissionais da saúde, a 3M esteve no centro
de uma das primeiras crises geradas pela maléfica atuação do desgoverno
Bolsonaro no combate à pandemia do coronavírus, em abril passado.
Na ocasião, o então ministro da saúde Luiz Henrique Mandetta negociou a
compra de todas as máscaras produzidas no Brasil pela 3M, após Donald Trump
ameaçar embargar a produção de equipamentos da empresa nos Estados Unidos e
impedir a exportação.
Com essa decisão, a 3M se junta à lista de corporações transnacionais
que desde 2019 encerram, em parte ou totalmente, suas atividades no país de
Jair Bolsonaro e Paulo Guedes. Além da Nestlé e da Duratex, uma das primeiras a
adotar a medida naquele ano foi a Ford do Brasil, que em outubro fechou as
portas em São Bernardo do Campo (SP).
Blog do Esmael
0 comentários:
[ Deixe-nos seu Comentário ]
Os comentários aqui postados expressam a opinião dos seus autores, responsáveis por seu teor