(Foto: Alan Santos/PR | Reuters | ABr)
De acordo com o Ministério da Cidadania, o
número de famílias em extrema pobreza cadastradas no Cadastro Único para
programas sociais do governo federal superou 14 milhões. É o maior número desde
o final de 2014, quando os números começaram a aumentar. São quase 40 milhões
na miséria
5 de janeiro de 2021
Um balanço divulgado pelo Ministério da Cidadania apontou que o número
de famílias em extrema pobreza cadastradas no CadÚnico (Cadastro Único para
programas sociais do governo federal) superou 14 milhões e alcançou o maior
número desde o final de 2014. De acordo com a pasta, o total de pessoas na
miséria no Brasil equivale a cerca de 39,9 milhões de pessoas atualmente. São
consideradas famílias de baixa renda aquelas que sobrevivem com até R$ 89 por
pessoa (renda per capita). Além das famílias na miséria, havia em outubro
outras 2,8 milhões de famílias em situação de pobreza, com renda per capita
média de moradores entre R$ 90 e R$ 178.
Os números refletem o fracasso da agenda neoliberal após o golpe de 2016
contra Dilma Rousseff. Naquele mesmo ano, Michel Temer formou um governo que
aprovou o congelamento de investimentos públicos, além do corte de direitos
sociais e trabalhistas.
Segundo reportagem do jornalista Carlos Madeiro, no portal Uol, durante
o governo Jair Bolsonaro, o número de famílias cadastradas em extrema pobreza
aumentou em 1,3 milhão. Eram 12,7 milhões em dezembro de 2018, último mês do
governo de Michel Temer.
Os dados mais atualizados do Bolsa Família apontaram eram 14,3 milhões
de famílias aptas e aprovadas no programa em novembro. A média do valor pago
naquele mês foi de R$ 329,19. Com o fim do auxílio emergencial (valores que
variaram de R$ 300 a R$ 1.200 por mês), essa média baixará para R$ 190, como
era antes da pandemia.
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