Por Fernando Brito | 14/01/2021
A “corrida maluca” da vacinação contra a Covid-19, depois que o governo
federal saiu de seu longo período de “para que a angústia?” prossegue com
lances dignos de uma mórbida comédia pastelão.
O pedidos de licença emergencial, tanto da Coronavac/Butantan quando da
Astrazêneca/Fiocruz poderiam ter sido apresentado bem antes e não o foram
porque as duas instituições científicas se meteram em um jogo de gato e rato.
No melhor estilo espetaculoso, a Anvisa vai transformar o que deveria
ser uma reunião técnica num espetáculo televisionado, pestes para animar a
torcida: “vai, Oxford; Cuidado, Sinovac, não descuida da defesa, etc” com todos
se movimentando para conseguir o “gol” e se cuidando para não receber “cartão
amarelo” (adiamento) ou “vermelho” (recusa de registro).
Enquanto isso, a “torcida bolsonarista” e a antibolsonarista agitam suas
bandeiras nas arquibancadas das redes sociais…
Os dois “cartolas” – Eduardo Pazuello e João Doria – correm atrás da
bola: o paulista tem a vantagem de ter oito milhões delas em seu depósito, mas
o general manda um avião a jato buscar correndo a pelota indiana, para ver quem
chuta primeiro quando o juiz apitar.
Ah, sim, mas as bolas do depósito paulista agora são do outro time.
Então, além do apito inicial poder ser dado só para um lado, o time federal
pode dizer que as bolas Coronavac são suas e não podem ser tocadas.
Francamente, quem pensasse num espetáculo deprimente não conseguiria
chegar a imaginar o absurdo que estamos vivendo.
Só tem mesmo paralelo com um jogo de moleques.
Tijolaço
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