Por Fernando Brito | 11/02/2021
Não, não é o isolamento – agora, como desejava Bolsonaro, praticamente
restrito a parte dos idosos – que está travando a economia brasileira.
O número de 6,1% de queda nas vendas do comércio, no mês de dezembro,
divulgado pelo IBGE, é estupidamente maior que as previsões de mercado – em
torno de – 0,5% – e revela com clareza os primeiros efeitos do fim do auxílio
emergencial, com o empobrecimento da população.
A Pesquisa Mensal do Comércio do Instituto registra que só 3,9% dos
comerciantes consultados atribui à pandemia a redução de suas vendas.
Em tese, para alguns segmentos da população, o comércio está sendo o
derivativo para o gasto reprimido em serviços (viagens, bares e restaurantes,
hospedagem, etc) e, nem assim, consegue manter a forte expansão que registrou
passados os primeiros meses da pandemia.
Os sinais de que esta redução prosseguiu em janeiro são mais que
expressivos. A Getnet, administradora de cartões de crédito e debito, e o
Santander fazem um “Índice de Vendas do Comércio Varejista Brasileiro” e
divulgou ontem à tarde que “em janeiro o varejo restrito e ampliado sofreram
queda significativa nas vendas sobre o mês anterior, de 12,6% e 10,9%,
respectivamente, descontados valores sazonais”.
Os piores resultados, claro, vieram dos Estados do Norte e Nordeste,
onde o impacto do fim do auxílio emergencial é, proporcionalmente, maior.
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