(Foto: ABr)
Outra bomba nas conversas da Lava Jato a
que a defesa de Lula teve acesso. Procuradores dizem que encontraram prova de
crime de Fernando Henrique Cardoso e decidem nada fazer
4 de fevereiro de 2021
Em uma das mensagens obtidas pela defesa de Lula, os procuradores da Lava
Jato em Curitiba dizem ter encontrado "batom na cueca" no pedido de
dinheiro feito pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso à empreiteira.
No entanto, a decisão foi de não fazer nada, uma vez que FHC foi um dos
articuladores do golpe de 2016, que teve como objetivo não apenas derrubar o
PT, como também entregar o pré-sal e liquidar a soberania brasileira.
Em uma conversa com outros procuradores em 17 de novembro de 2015, o
procurador Roberson Pozzobon sugere que o MPF deveria investigar o Instituto
FHC "concomitantemente" ao Instituto Lula e à LILS (empresa de
palestras de Lula). Segundo o procurador, a ação responderia às críticas que a
Lava Jato vinha sofrendo por, supostamente, atingir apenas alvos petistas.
Pozzobom fala sobre "fraturas expostas" no Instituto FHC que
poderiam embasar as investigações. As "fraturas" são e-mails trocados
entre Anna Mantovani, funcionária do ex-presidente, Manuel Diaz, representante
da Associação Petroquímica e Química da Argentina, e o empresário Pedro Longhi
a respeito de uma doação da Braskem, braço petroquímico da Odebrecht, ao
instituto.
Mantovani escreve sobre "opções" de doação que a empresa
poderia adotar, excluindo a possibilidade de palestra do ex-presidente.
"Não podemos citar que a prestação de serviço será uma palestra do
Presidente", escreve a funcionária.
“Querem mais batom na cueca?”, perguntou o procurador. Nada foi feito
sobre o assunto, que foi deixado de lado pela Lava Jato.
A conversa está no relatório enviado pelo perito Claudio Wagner à defesa
de Lula. O tema "batom na cueca" está à página 27.
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