(Foto:
Rosinei Coutinho/STF | Ricardo Stuckert)
Documentos apresentados ao STF mostram que a ministra da Corte
buscou impedir o cumprimento de um habeas corpus do TRF4 concedido ao
ex-presidente Lula. Com base nisso, Carmen Lúcia se mostra suspeita para atuar
em qualquer ação envolvendo o ex-presidente
4 de março de
2021
Novos
documentos apresentados pela defesa do ex-presidente Lula ao Supremo Tribunal
Federal (STF) mostram que a ministra Carmen Lúcia atuou para impedir o
cumprimento de um habeas corpus proferido pelo desembargador Roberto Favreto,
do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4), concedido a Lula.
Os advogados
alegam que o período de prisão ilegal ao qual o ex-presidente foi submetido
poderia ter sido abreviado caso a decisão fosse levada a cabo.
Nos documentos
constam as mensagens entre procuradores e outros membros da força-tarefa da
Operação Lava Jato, que, conforme revelado extensivamente, evidenciam conduta
suspeita no processo do ex-presidente.
No chat do dia
8 de julho de 2018, o procurador Deltan Dallagnol revelou que a ministra
telefonou ao então ministro da Justiça Raul Jungmann e ao desembargador federal
Thompson Flores, e "mandou não cumprir" a decisão de Favreto.
Confira abaixo as mensagens:
18:13:50 -
Deltan: Valeixo [Maurício Valeixo, então chefe da Polícia Federal no Paraná]
falou com Thompson que mandou não cumprir até ele decidir
18:13:58 -
Deltan: Isso nos dá mais tempo
18:14:18 -
Deltan: PGR vai apresentar cautelar de 2p para Laurita [procuradora Laura
Tessler] ainda hoje
18:14:35 -
Deltan: Carmem Lúcia ligou pra Jungman e mandou não cumprir e teria falado tb
com Thompson
18:14:39 -
Deltan: Cenário tá bom
Com base nas
mensagens, Carmen Lúcia se mostra suspeita para avaliar qualquer eventual ação
na Corte relacionada a Lula.
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