(Foto: Ricardo Stuckert)
DATAFALHA fez pesquisa popular sobre
condenação do ex-presidente às vésperas de um julgamento decisivo no STF
28 de março de 2021
A pesquisa fabricada pelo grupo Folha contra o ex-presidente Lula, que
teve o aparente motivo de pressionar o Supremo Tribunal Federal antes do
julgamento da suspeição do ex-juiz Sergio Moro, foi bastante questionada pelos
leitores do jornal. "Leitores alegaram que a pesquisa extrapolou a
política e promoveu um julgamento fora dos tribunais, baseado em uma cobertura
acrítica da Lava Jato. Outros viram problemas na formulação da pergunta",
informa a ombudsman Flávia Lima.
O instituto perguntou se os entrevistados consideravam à época da
condenação, ou seja, em 2017, se a condenação do ex-presidente havia sido justa
e não fez qualquer consideração sobre todas as provas de suspeição que surgiram
durante a Vaza Jato.
"Muitos viram indução na questão. Diante das revelações da Vaza
Jato, questionaram por que incluir o 'à época' na pergunta, argumentando que
faria mais sentido perguntar qual avaliação o entrevistado faz da prisão
hoje", aponta ainda a jornalista.
“Nesse sentido, na pergunta referida, o termo 'na época' foi incluído
para situar o entrevistado de forma a não confundir com o julgamento atual do
caso pelo STF. Trata-se de um recurso técnico para ajudar a padronizar o
entendimento da questão por todos os entrevistados”, disse Mauro Paulino,
diretor do instituto, numa explicação pouco convincente. Ele também defendeu
que decisões judiciais sejam submetidas ao escrutínio público, numa espécie de
paredão popular do BBB.
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