Foto: Reprodução)
O ministro Gilmar Mendes criticou o
advogado-geral da União durante julgamento do recurso contra a decisão que
liberou cultos presenciais. Acompanhe ao vivo
7 de abril de 2021
O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal, criticou o
advogado-geral da União, André Mendonça, durante julgamento na tarde desta
quarta-feira (7) do recurso sobre a liberação de cultos presenciais na
pandemia.
Em sua manifestação, o ministro Gilmar Mendes apontou o desconhecimento
do ex-ministro da Justiça sobre a política de transportes. "Quando sua
excelência fala que do problema dos transportes do Brasil, especialmente dos
transportes coletivos, e fala do problema do transporte aéreo, com a acumulação
de pessoas, eu poderia ter entendido que sua excelência teria vindo agora para
a tribuna do Supremo de uma viagem a Marte e estava descolado de qualquer
responsabilidade institucional", afirmou Gilmar.
"Mas sua excelência, fui verificar, era ministro da Justiça até
recentemente, e que tinha responsabilidades institucionais, inclusive de propor
medidas. À União cabe legislar sobre diretrizes da política nacional de
transportes. Me parece que está havendo aí certo delírio deste contexto geral.
é preciso que cada um de nós assuma sua responsabilidade", afirmou Gilmar
Mendes.
Além de mencionar o sistema de transportes, em sua manifestação, o
ministro André Mendonça citou dados de suicídios em outros países relacionando
isso à liberação ou não de frequentar espaços religiosos. E questionou se a
decisão do STF dada em abril de 2020, garantindo a estados e municípios o
direito de manterem suas regras de quarentena, questionando se isso seria um
"cheque em branco".
Durante o julgamento, o procurador-geral da República Augusto Aras
defendeu que a fé "também salva vidas" e que "o Estado é laico,
mas as pessoas não são".
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