Lembra daquela empresa que seria rebaixada, corria o risco de
não publicar o balanço, teria o vencimento das dívidas antecipado e ficaria
totalmente alijada do mercado internacional? Aparentemente, ela não existe
mais; nesta quarta-feira, a presidente Dilma Rousseff anunciou que o balanço
auditado da Petrobras será publicado em abril, a empresa fechou um contrato de
financiamento de US$ 3,5 bilhões com o banco de financiamento da China e as
ações subiram 5%; comandada por Aldemir Bendine, estatal tem também boas
notícias operacionais, como o recorde de 737 mil barris/dia no pré-sal; aos
poucos, o terrorismo dos que apostavam na quebra da Petrobras vai sendo vencido
1 DE ABRIL DE 2015
Brasil 247 - Se você acreditou no
terrorismo dos que apostavam no fim da Petrobras, é melhor fazer como naquele
comercial: senta e chora, senta e chora, senta e chora.
Nesta quarta-feira, surgiram
diversos sinais de que a empresa pode ter, enfim, entrado numa nova maré
positiva.
O primeiro sinal, e mais
importante, foi a declaração da presidente Dilma Rousseff à agência de notícias
Bloomberg de que o balanço auditado da empresa será publicado em abril deste
ano.
Até recentemente, havia quem
acreditasse que uma empresa do porte da Petrobras poderia não conseguir
publicar seu balanço, tendo seu vencimento de dívidas antecipado, o que a
alijaria definitivamente do mercado de capitais.
Era um cenário de terror
que, evidentemente, não irá se materializar.
Além disso, antes mesmo do
balanço, a Petrobras anunciou nesta quarta-feira um acordo de financiamento de
US$ 3,5 bilhões com o Banco de Desenvolvimento da China – e outros empréstimos
semelhantes estão engatilhados.
Isso significa que, ao
contrário do que muitos dizem, o mercado de captações continua aberto à
Petrobras.
Se isso não bastasse, os
indicadores positivos vêm se somando. Recentemente, a empresa anunciou um novo
recorde de produção de 737 mil barris/dia no pré-sal.
Resultado: no pregão desta
quarta-feira, as ações ordinárias subiram 4,93%. A alta em uma semana já é de
quase 20%.
Isso revela que o ponto
principal da estratégia de Aldemir Bendine, novo presidente da estatal, que é
reconciliar a empresa com seus investidores começa a dar certo.
Leia, abaixo, reportagem do
portal Infomoney sobre o pregão de hoje.
Ibovespa tem maior
fechamento do ano puxado por Petrobras
Por Ricardo Bomfim
SÃO PAULO - O Ibovespa fecha
em alta nesta quarta-feira (1) impulsionado pela vitória do ministro da
Fazenda, Joaquim Levy, no Congresso e das indicações da presidente Dilma Rousseff
(PT) em entrevista para a Bloomberg, na qual reafirmou a importância do ajuste
fiscal e mostrou discurso alinhado com o de Levy.
O benchmark fechou em alta
de 2,29%, a 52.321 pontos, o maior nível de fechamento deste ano de 2015. A
última vez que o índice fechou acima dos 52 mil pontos foi em 3 de dezembro do
ano passado, quando bateu 52.320. Enquanto isso, o dólar comercial caiu 0,57%,
a R$ 3,1725 na venda. Já no mercado de juros futuros, os contratos para janeiro
de 2017 caíam 0,15 ponto percentual, a 13,24%, enquanto os contratos para
janeiro 2021 caíam 0,19 ponto percentual, a 12,78%.
Segundo análise da
Coinvalores, os números fiscais de ontem, apesar de ruins mostram uma
transparência, algo que muitos críticos apontavam que faltava no governo nos
últimos anos, quando ficou famosa a famigerada "contabilidade
criativa". Com isso, aumenta a confiança no ajuste fiscal, trazendo a
expectativa de que a política monetária pode ser menos restritiva, o que reduz
a curva dos juros.
Para o analista técnico da
Spinelli, Gabriel Mollo, é possível ficar otimista com o Ibovespa, já que ele
estaria operando dentro de um canal de alta depois de passar por uma acumulação
em 47.320 pontos. "Acho que ele pode romper e buscar os 53.300",
afirma. Agora se ele voltar a ficar abaixo dos 52 mil pontos, ele pode voltar a
um suporte de 49.900 dentro da LTA traçada pelo analista.
Entre os indicadores
macroeconômicos, o ritmo de contração da indústria brasileira acelerou com
força em março e a produção do setor caiu no ritmo mais rápido desde setembro
de 2011 devido à forte queda na entrada de novos pedidos, apontou o Índice de
Gerentes de Compras (PMI, na sigla em inglês) divulgado nesta
quarta-feira. O PMI compilado pelo
Markit caiu a 46,2 em março ante 49,6 em fevereiro, com piora das condições em
todos os três subsetores monitorados e indo ainda mais abaixo da marca de 50
que separa crescimento de contração.
Pesquisa importa? Para o
analista técnico da Guide Investimentos, Lauro Vilares, o queda da aprovação de
Dilma de 40% para 12% não mexe muito no mercado, porque não estamos mais em
época de eleições. "Impacta mais o Levy sendo o grande articulador
político do governo, fazendo realmente o meio campo entre governo e
Congresso", diz.
As declarações da presidente
em uma entrevista para a Bloomberg também trouxeram pressão compradora, ao
mostrarem que seu discurso está alinhado ao de Levy. "Eu farei tudo para
atingir 1,2% [do PIB]," disse Dilma em entrevista à Bloomberg no Palácio
do Planalto em Brasília. "Vamos ter de racionalizar gastos e defasar
outros. Vamos criar vários mecanismos. Diria que essa é a parte em que o
governo entra e o nosso pedaço vai ser grande".
Ações em destaque As ações
da Vale (VALE3; VALE5) caíram depois que a empresa teve sua recomendação rebaixada
de manutenção para underperform (desempenho abaixo da média) pelo Santander,
com preço-alvo passando de US$ 8 para US$ 4,50 por ADR (American Depositary
Receipts). Segundo os analistas, o desempenho operacional da Vale continuará
sofrendo no curto prazo em meio à queda de preços do minério de ferro. A
commodity registra queda hoje, sendo cotada a US$ 49,53 a tonelada. O banco
espera fluxo de caixa negativo de US$ 10 bilhões após dividendos no período de
2015-2016.
As ações da Petrobras
(PETR3; PETR4) subiram com muita força após a presidente Dilma Rousseff
declarar, em entrevista à Bloomberg, que a estatal vai divulgar balanço
auditado de 2014 até final de abril. Outras notícias positivas para a empresa,
na avaliação do analista da Spinelli, Elad Revi, são as vendas de ativos que a
estatal vem realizando e a proximidade da próxima reunião da OPEP (Organização
dos Países Exportadores de Petróleo), que pode trazer sinalizações positivas
para os preços do combustível como uma possível redução na produção.
Para Lauro Vilares, no
entanto, é preciso ter cautela com os papéis da estatal, já que ela bateu duas
vezes no maior patamar do ano, em R$ 10,25 e depois caiu até encontrar suporte.
Se ela avançar até os R$ 10,35 nos próximos dias, contudo, daria para pensar
num objetivo de R$ 10,95, que é a próxima resistência, apesar de fraca.
"Ela só vai encontrar uma resistência forte mesmo aos R$ 15",
explica.
Já a CSN (CSNA3) subiu depois de informar na noite de
ontem que seu Conselho de Administração aprovou a abertura de um novo programa
de recompra de até 32.770.055 ações para permanência em tesouraria e posterior
alienação ou cancelamento. De acordo com a CSN, o objetivo da recompra é para
maximizar a geração de valor para o acionista por meio de uma administração
eficiente da estrutura de capital. O prazo para a realização da recompra é
entre os dias 1º de abril e 30 de junho de 2015.
Abaixo, reportagem da
Reuters sobre o acordo de financiamento com o banco chinês:
Petrobras financia US$3,5 bi
com banco chinês; novos acordos em vista
SÃO PAULO (Reuters) - A
Petrobras informou nesta quarta-feira que assinou com o Banco de
Desenvolvimento da China (CDB) contrato de financiamento de 3,5 bilhões de
dólares, recursos que devem trazer algum alívio para empresa, que agora tem
mais dificuldades de captar recursos por conta da crise decorrente do escândalo
de corrupção.
O contrato, assinado entre o
CDB e a subsidiária da estatal Petrobras Global Trading BV, é o primeiro financiamento
de um acordo de cooperação a ser implementado ao longo de 2015 e 2016,
ressaltou a Petrobras em comunicado.
"Adicionalmente, as
duas partes confirmaram a intenção de desenvolver novas cooperações no futuro
próximo", disse a Petrobras.
Com limites para realizar
captações no mercado de dívida, em meio a denúncias de corrupção que envolvem a
empresa, a Petrobras disse anteriormente que estudava "outras
possibilidades de financiamento e incremento de fluxo de caixa", até para
fazer frente aos pesados investimentos projetados.
Vivendo uma crise de
credibilidade por conta das denúncias reveladas pela Operação Lava Jato, da
Polícia Federal, a Petrobras tem dito publicamente que não pretende captar
recursos no mercado de dívida em 2015.
O contrato foi assinado na
China, durante visita do diretor financeiro e de Relacionamento com
Investidores da Petrobras, Ivan Monteiro.
Segundo a Petrobras, o
contrato é um importante marco para dar continuidade à parceria estratégica com
a China, para quem a estatal exporta petróleo, "fortalecendo as sinergias
entre as economias dos dois países".
(Por Roberto Samora, edição
de Priscila Jordão)
1 comments:
Bom dia. Um 'cala-boca' à vista em relação ao Esquema Petrolão. Dessa vez a bola de neve vai ser ainda maior; a Petrobras consegue empréstimo bilionário junto ao Banco de Desenvolvimento da China. É óbvio que este dinheiro vem a juros altíssimos; uma vez que ninguém vai emprestar barato a uma empresa na situação que se encontra a Petrobras. É óbvio que muitos anos vão servir, somente, pra pagar os juros. E, agora sim... O Governo Federal, mais precisamente a Presidenta Dilma Rousseff vai fazer e divulgar os balanços da Petrobras com dinheiro emprestado, vai mostrar que a empresa continua a crescer e que seu caixa tem se recuperado em pleno desenvolvimento. Tais relatórios estão sendo 'escondidos' a mais de 06 meses... Ah! Agora vão divulgar o mais rápido possível. Mas, o pior ainda é que esta manobra é mais uma dos corruptos, do Governo Federal, pra enganar a população. Aposto que daqui uns dias vai ser esquecido o Esquema Petrolão. E o pior, vai posar de que estavam certos e que tudo era invenção da oposição tucana e da mídia nacional. Mas, quer saber da verdade? Este empréstimo foi conseguido porque empresas americanas está forçando a Petrobras a apresentar os relatórios trimestrais; uma vez que os americanos possuem vários INVESTIMENTOS nesta entidade. Só assim o Governo vai apresentar o Balanço. Quer dizer: Estão querendo dar satisfação apenas às empresas estrangeiras. E aí povo brasileiro?!?! O certo é que NINGUÉM RESPEITA, PRINCIPALMENTE, ESSA CORJA DE SAFADOS QUE COMANDAM O BRASIL A 20 ANOS. Fora PT. Fora DILMA. Vamos às ruas... Dia 12 de Abril. Queira o Brasil para os brasileiros!!!
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