Por Kiko
Nogueira - 6 de dezembro de 2019
Luciano Huck,
candidato à presidência em 2022, fez demagogia vagabunda nas redes.
“P/ constar; sou a favor da execução das decisões criminais após o 2º grau. Pq alinha o Brasil c/ o padrão mundial da justiça penal”, escreveu.
“Pq a impunidade e os incentivos errados fizeram disparar a corrupção e violência no país. E por entender q esta é uma vontade legítima da sociedade.”
O “padrão
mundial” de Huck é o mesmo de Bolsonaro.
Ele construiu uma mansão na Ilha das Palmeiras, em Angra do Reis, que lhe deu
vários problemas na Justiça.
Fora
beneficiado por um decreto do então governador Sérgio Cabral, um de seus
famosos ex-amigos, que mudou a legislação ambiental.
Tratava-se da
“lei Luciano Huck”.
Em 2017, o
Ministério Público Federal do Rio de Janeiro ordenou-lhe que retirasse boias
que cercavam a propriedade e pagasse uma indenização de R$ 40 mil por danos
morais coletivos causados pela degradação do meio ambiente.
Huck, segundo
o MP, usou “um pretexto para legitimar a apropriação de bem de uso comum do
povo”.
Quatro anos
antes, quando foi condenado, o sujeito alegou que a cerca se destinava à
maricultura, o que é uma cascata.
Entrou com uma
série de recursos de defesa tentando reverter a condenação em segunda
instância.
O apresentador
foi até o STJ para rediscutir sua punição.
Uma paisagista
que trabalhou na Paraty House dos Marinhos falou ao DCM sobre como funciona a
picaretagem da maricultura.
Na verdade, os
bacanas cultivam uma fazenda marinha de mentira para impedir acesso de
banhistas e barcos indesejáveis. As lanternas (estruturas onde os moluscos
ficam armazenados) servem de obstáculo.
Para Luciano
Huck, justiceiro bolsomorista de ocasião, “vontade legítima da sociedade” é boa
desde que em outras praias.
0 comments:
[ Deixe-nos seu Comentário ]
Os comentários aqui postados expressam a opinião dos seus autores, responsáveis por seu teor