(Foto: MP-GO | Reprodução)
Paulo Brondi, do MP-GO, afirmou que Bolsonaro é
"cafajeste", "macho de meia tijela" e "a parte podre
de um país adoecido"
4 de março de
2020
O promotor do
Ministério Público de Goiás Paulo Brondi diz que Jair Bolsonaro é
"cafajeste", "macho de meia tijela" e "a parte podre
de um país adoecido". Afirmação foi feita em texto compartilhado nas redes
sociais e também divulgado no no blog de Juca Kfouri.
Leia na
íntegra seu protesto:
Por Paulo
Brondi
Bolsonaro é um
cafajeste. Não há outro adjetivo que se lhe ajuste melhor. Cafajestes são
também seus filhos, decrépitos e ignorantes. Cafajeste é também a maioria que o
rodeia.
Porém, não é
só. E algo que se constata é pior. Fossem esses os únicos cafajestes, o
problema seria menor.
Mas, quantos
outros cafajestes não há neste país que veem em Bolsonaro sua imagem e
semelhança?
Aquele tio
idiota do churrasco, aquele vizinho pilantra, o amigo moralista e picareta, o
companheiro de trabalho sem-vergonha…
Bolsonaro, e
não era segredo pra ninguém, reflete à perfeição aquele lado mequetrefe da
sociedade.
Sua eleição
tirou do armário as criaturas mais escrotas, habitués do esgoto, que comumente
rastejam às ocultas, longe dos olhos das gentes.
Bolsonaro não
é o criador, é tão apenas a criatura dessa escrotidão, que hoje representa não
pela força, não pelo golpe, mas, pasmem, pelo voto direto. Não é, portanto, um
sátrapa, no sentido primeiro do termo.
Em 2018 o
embate final não foi entre dois lados da mesma moeda. Foi, sim, entre
civilização e barbárie. A barbárie venceu. 57 milhões de brasileiros a
colocaram na banqueta do poder.
Elementar,
pois, a lição de Marx, sempre atual: "não basta dizer que sua nação foi
surpreendida. Não se perdoa a uma nação o momento de desatenção em que o
primeiro aventureiro conseguiu violentá-la".
Muitos se
arrependeram, é verdade. No entanto, é mais verdadeiro que a grande maioria
desse eleitorado ainda vibra a cada frase estúpida, cretina e vagabunda do
imbecil-mor.
Bolsonaro não
é "avis rara" da canalhice. Como ele, há toneladas Brasil afora.
A claque
bolsonarista, à semelhança dos "dezembristas" de Luís Bonaparte, é
aquela trupe de "lazzaroni", muitos socialmente desajustados, aquela
"coterie" que aplaude os vitupérios, as estultices do seu
"mito". Gente da elite, da classe média, do lumpemproletariado.
Autodenominam-se
"politicamente incorretos". Nada. É só engenharia gramatical para
"gourmetizar" o cretino.
Jair Messias é
um "macho" de meia tigela. É frágil, quebradiço, fugidio. Nada tem em
si de masculino. É um afetado inseguro de si próprio.
E, como ele,
há também outras toneladas por aí.
O bolsonarismo
reuniu diante de si um apanhado de fracassados, de marginais, de seres vazios
de espírito, uma patuléia cuja existência carecia até então de algum
significado útil. Uma gentalha ressentida, apodrecida, sem voz, que encontrou,
agora, seu representante perfeito.
O bolsonarismo
ousou voar alto, mas o tombo poderá ser infinitamente mais doloroso, cedo ou
tarde.
Nem todo
bolsonarista é canalha, mas todo canalha é bolsonarista.
Jair Messias Bolsonaro
é a parte podre de um país adoecido.
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