
(Foto: Reprodução | PR)
Jornalista da Globo, que liderou a campanha pelo golpe contra a
ex-presidente Dilma Rousseff, hoje lamenta o resultado da ascensão do fascismo
no Brasil
11 de abril de
2020
A jornalista
Miriam Leitão, que exerceu papel de liderança no golpe contra a ex-presidente
Dilma Rousseff, com a tese de que ela deveria cair por "pedaladas
fiscais", hoje lamenta o resultado deste processo, que foi a ascensão de
Jair Bolsonaro, personagem que, segundo ela, despreza a vida e não serve para
ser presidente.
"Quando o
Brasil atravessou ontem a fronteira dos mil mortos por Covid-19 o presidente
Jair Bolsonaro saiu para passear novamente. Foi a uma padaria, a uma farmácia,
passou pelo Hospital das Forças Armadas onde, disse aos jornalistas, foi fazer
teste de gravidez. Ele é coerente. Tem tratado a pandemia com a displicência de
sempre. Seus atos e palavras nos últimos trinta dias mostram a constância da
mensagem contra o isolamento social e as recomendações das autoridades de
saúde", disse Miriam em sua coluna no jornal O Globo.
"Bolsonaro
mostrou nesse um mês — do dia 10 de março ao dia 10 de abril — várias vezes,
desprezo pela vida humana", diz ainda a jornalista. "Nesse mês em que
o Brasil entrou em espiral de infectados e mortos e se assusta com a dimensão
ainda desconhecida da pandemia, tudo o que o presidente da República fez foi
brigar com governadores, minar seu ministro, ficar de picuinhas, receitar
remédio duvidoso. Na crise, Bolsonaro provou que não sabe exercer o cargo de
presidente da República", conclui.
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