
(Foto: Wikipedia)
"O presidente de um país não pode confrontar a
ciência", afirma Ian Bremmer, presidente da Eurasia Group, que reduziu as
expectativas em relação ao Brasil
9 de abril de
2020
O executivo
Ian Bremmer, presidente e fundador da Eurasia Group, considerada a principal
consultoria de risco político do mundo, concedeu entrevista à Deutsche Welle e
se disse surpreendido pela postura de Jair Bolsonaro perante o avanço da
covid-19, a doença provocada pelo coronavírus, no país. Bremmer afirma que a
Eurasia baixou as projeções e expectativas para o Brasil em função do cenário
atual. "O presidente de uma nação não pode confrontar a ciência e o
bem-estar de seus cidadãos. Além disso, ele está minando a sua própria
popularidade e causando divisões dentro da base de apoio à agenda de reformas
econômicas no Congresso Nacional, o que pode conduzi-lo ao impeachment. No
plano internacional, ele virou motivo de chacota", afirma.
"Nós
rebaixamos nossas projeções e expectativas para o Brasil em função da crise
pandêmica. As principais razões são a condução de Bolsonaro, associada ao risco
de que não consiga levar adiante a agenda de reformas econômicas e, em vez
disso, volte-se para a sua base populista, mais ligada aos temas de segurança.
Isso criaria muitas divisões no país. São elementos que abrem espaço para um
impeachment após esta crise", disse Bremmer.
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