POR FERNANDO
BRITO · 25/04/2020
A Folha dá
manchete para o que seria a identificação, pela Polícia Federal, de que é
Carlos Bolsonaro o coordenador da rede de fake news.
Não é uma
notícia, propriamente, mas a confirmação de algo já sabido por todos.
E faz tempo.
Jair Bolsonaro
fez da política uma empresa familiar.
Não bastou a
ele transformar em parlamentares os filhos, todos carregando o brasão familiar
da “arminha” fascistóide.
Mas isso, que
era sabido, foi deixado de lado até que, agora, passou a ser a melhor arma –
não uma arminha – contra ele.
Está claro que
as informações sigilosas, que Bolsonaro tanto queria, foram passadas a Sérgio
Moro, que a elas não deveria ter acesso, tanto quanto ele.
E a ele
serviram para armar a arapuca à qual Moro atraiu o presidente.
Era a PF e não
o ministério que Bolsonaro queria controlar.
Porque sabia
que a Polícia Federal chegara ao manicômio doméstico que chefia.
Do chapeiro
diplomático ao guarda-costas de Glock no Rolls Royce da posse, passando pelo
rachadista do Queiroz, não se pode dizer que os filhos degeneraram.
Como o pai, já
vieram degenerados.
Agora, vão ser
a desgraça do clã, herdeiros perdulários que não tiveram a inteligência de
sumirem na treva paterna.
Ou demolirão o
pai ou terão uma orfandade forçada pelo esquema militar que é a sustentação
restante a Bolsonaro.
Segundo
Platão, num dos diálogos entre Sócrates e Glauco, diz-se que aos filhos
defeituosos “se esconderão em algum lugar secreto” para que ” a raça dos
guardiães se conserve pura” (A República, Livro V).
Bolsonaro os
exibiu. E, agora, faz com que vejam nele os defeitos paternos.
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