
(Foto: Reuters | Wilson Dias/Agência Brasil)
Incapaz de produzir confiança, a equipe de Paulo Guedes vai
torrando as divisas que vinham sendo acumuladas desde 2014 e o Brasil sofre uma
das maiores fugas de capitais da sua história
12 de maio de
2020
O fracasso da
política econômica de Paulo Guedes pode ser medido pela queima de reservas
internacionais acumuladas nos governos dos ex-presidentes Luiz Inácio Lula da
Silva e Dilma Rousseff, bem como pela acentuada desvalorização do real.
"No momento em que a taxa de câmbio se aproxima de R$ 6, o Banco Central
promove um cavalo de pau na política de acumulação de reservas internacionais
iniciada em 2004. Foram injetados US$ 54 bilhões no mercado desde agosto do ano
passado apenas por meio da venda à vista de dólares. No mesmo período, a fuga
de recursos do país soma US$ 57 bilhões. Ambos os valores são recordes",
aponta reportagem de Eduardo Cucolo, na Folha de S. Paulo.
A reportagem
deixa claro que a acumulação de reservas ocorreu exatamente nos governos Lula e
Dilma – o que permitiu ao Brasil ter tranquilidade cambial e deu a milhões de
brasileiros a oportunidade de viajar e estudar no exterior. "De 2001 a
2003, o BC chegou a vender cerca de US$ 15 bilhões. A partir de 2004, não houve
mais vendas, só compras, com exceção da injeção de recursos durante a crise de
2008/2009, também nesse montante. Depois disso, a instituição só voltaria a
vender dólares em agosto de 2019", aponta o jornalista.
Com a falta de
confiança na economia brasileira, em razão da incapacidade do choque neoliberal
de Paulo Guedes e Jair Bolsonaro de produzir crescimento, o dólar fechou no dia
de ontem a R$ 5,83, maior cotação da história.
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