
(Foto: Geraldo Magela/Agência Senado)
Instituição nega que o novo ministro da educação tenha sido seu
professor
30 de junho de
2020
Já há quem
diga que Bolsonaro vai manter Carlos Decotelli no ministério da Educação, pois
ele não traiu o governo e apenas se atrapalhou ao informar sobre sua carreira
acadêmica.
Difícil de
acreditar. Bolsonaro disse o mesmo sobre Sergio Moro algumas vezes, negando a
saída dele do governo, e também sobre Weintraub, que saiu corrido do país após
ameaçar os ministros do STF e, ainda, sobre Regina Duarte.
Quanto a
Decotelli, de uma coisa ele não escapa: entrou para o anedotário do governo,
protagonizando um dos momentos mais ridículos desde que Jair tomou posse em
janeiro passado.
Tendo seu
currículo desmentido em praticamente toda sua totalidade, dobrou a aposta em
entrevista coletiva na tarde desta segunda, 29, na porta do Ministério.
Para
justificar o pós-doutorado que não fez na Bergische Universitãt Wuppertal, na
Alemanha, alegou que foi recebido na instituição em função de seus “40 anos
como professor na Fundação Getúlio Vargas”.
Minutos antes,
a instituição já havia desmentido essa história ao DCM.
Em nota
enviada ao portal, informou que ele “nunca atuou como professor de qualquer das
escolas da Fundação”.
Você leu bem:
nunca.
Segundo a FGV,
Decotelli atuou apenas nos cursos de educação continuada, nos programas de
formação de executivos e não como professor de qualquer das escolas da
Fundação.
“A FGV se
encontra em regime de trabalho remoto, com aulas presenciais suspensas
inclusive, desde março de 2020, por força do isolamento imposto pela pandemia
do Coronavírus, seguindo determinação das autoridades constituídas, federal,
estadual e municipal, em razão do estado de emergência de saúde. O Prof.
Decotelli cursou mestrado na FGV, concluído em 2008. Assim, qualquer informação
a respeito demandará acesso a arquivos físicos da época pelos respectivos
orientadores responsáveis, o que só poderá se dar após o retorno destes a
atuação presencial, eis que todos pertencentes ao chamado grupo de risco.
Quanto aos cursos de doutorado e pós-doutorado, realizados com outras
instituições educacionais, cabe a estas prestar eventuais esclarecimentos e não
à FGV, para quem o Prof. Decotelli atuou
apenas nos cursos de educação continuada, nos programas de formação de
executivos e não como professor de qualquer das escolas da Fundação. Da mesma
forma, não foi pesquisador da FGV, tampouco teve pesquisa financiada pela
instituição.”
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