
O presidente francês Emmanuel Macron quer tipificar o crime de
‘ecocídio’, para punir países e líderes que atacam o meio ambiente. E atua pela
rejeição do acordo de livre comércio entre o bloco europeu e o sul-americano.
Segundo Macron, em referência indireta a Bolsonaro, é preciso incluir o termo
“ecocídio” no direito internacional para que os dirigentes que são encarregados
por seus povos de proteger o patrimônio natural, e fracassam deliberadamente,
prestem contas de seus delitos diante da Corte Penal Internacional
30 de junho de
2020
O presidente
francês Emmanuel Macron aumentou a pressão pela rejeição do acordo de livre
comércio entre a União Europeia e o Mercosul. O mandatário se aliou a 265
organizações da sociedade civil na oposição ao acordo. Um dos alvos é Jair
Bolsonaro que adotou posições condenáveis na área ambiental.
Nesta
segunda-feira (29), o presidente da França se posicionou favorável à
tipificação do crime de “ecocídio” no direito internacional, para julgar, por
exemplo, quem não protege ecossistemas, informa o jornal Valor Econômico.
A pressão
atinge diretamente o acordo de livre comércio entre a União Europeia e o
Mercosul, cuja aprovação pelo conjunto dos países do bloco sediado em Bruxelas
é cada vez mais difícil.
A mobilização
na Europa cresceu porque a Alemanha, país mais poderoso e maior economia da
União Europeia, assume a presidência rotativa do bloco nesta quarta-feira (1º
de julho) e tem como uma de suas prioridades avançar na ratificação do acordo
birregional.
Diante de 150
membros da Convenção Cidadã pelo Clima, Macron, fragilizado pelo avanço do
Partido Verde na eleição municipal ocorrida domingo, prometeu que nenhum acordo
comercial com países que não respeitam o Acordo de Paris terá o apoio da
França.
Em uma clara
alusão ao desleixo com que Jair Bolsonaro trata o meio ambiente, o presidente
francês falou sobre a tipificação internacional do crime de
"ecocídio", lembrando aos participantes que ele foi um dos primeiros
dirigentes políticos a ter usado esse termo “quando a Amazônia queimava, há
alguns meses”. E mais: “Eu compartilho plenamente a ambição que vocês defendem,
a emoção de vocês face a atores que, conscientemente e com toda impunidade,
destroem voluntariamente ecossistemas inteiros”.
O governo
brasileiro alega que a posição de Macron se relaciona com o protecionismo
comercial europeu.
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