![]() |
Foto: Reprodução Facebook |
28 de Julho de 2020
Além de Fernando Mateus Ariza, de 31 anos também estão foragidos
José Plácido da Cunha, 53, e Thyago Gutthyerre Pereira Alves, 31.
Um colombiano de 31 anos, que está foragido, é suspeito de ser o
homem que atirou e matou o prefeito de Granjeiro, João Gregório Neto, o João do
Povo, morto no dia 24 de dezembro do ano passado. A informação foi confirmada,
nesta segunda-feira (27) pelo delegado Luiz Eduardo da Costa Santos.
"Nós temos o suspeito de ser o executor material, o Manuel
Fernando Mateus Ariza, de 31 anos, a gente ainda não conseguiu encontrá-lo.
Chegamos ao nome dele através de investigações da tecnologia por meio de
extrações e quebra de sigilo de dados", disse.
O delegado afirmou ainda que o colombiano morava na região do
Cariri e já era investigado ela prática de agiotagem.
Além do colombiano, mais dois suspeitos estão foragidos, são eles
José Plácido da Cunha, de 53 anos e Thyago Gutthyerre Pereira Alves, de 31
anos. Outras nove pessoas foram indiciadas pela polícia por envolvimento no
crime, além delas, cinco pessoas foram indiciadas por falso testemunho.
A Secretaria da Segurança Pública divulgou, nesta segunda-feira
(27), a conclusão da primeira fase das investigações sobre o homicídio. Até agora 17 pessoas ligadas, direta ou
indiretamente ao assassinato de 'João do Povo' foram presas ou tiveram medidas
cautelares cumpridas.
Ex-assessor seria
assassinado
Um inquérito policial do último mês de junho aponta que o
ex-assessor de João do Povo seria assassinado após a morte de seu ex-chefe. No
documento, um bancário suspeito de estar envolvido no crime que vitimou o
antigo gestor de Granjeiro, planeja a execução do ex-funcionário do político
assassinado.
Conforme o inquérito da Polícia Civil do Estado do Ceará (PCCE),
Geraldo Pinheiro de Freitas, de 67 anos, conhecido como Geraldo Cândido,
planeja matar Cícero Sebastião Vieira Freitas, o Kleber, ex-assessor de João
Gregório Neto. O bancário é também suspeito de ser um dos financiadores do
assassinato do antigo gestor de Granjeiro, morto enquanto caminhava no
município, em dezembro de 2019.
O plano da morte do ex-assessor, conforme o inquérito, foi
descoberto por meio de uma ligação entre o bancário e Vicente Félix de Sousa,
pai de Ticiano da Fonseca Félix, vice-prefeito na mesma chapa eleitoral, de
2016, de João do Povo. Vicente e Ticiano foram presos na última quarta-feira
(15) por envolvimento na morte do antigo gestor de Granjeiro.
Durante a conversa, de acordo com o inquérito, Geraldo e Vicente
lamentam ainda o fim da amizade dos dois após a morte de João do Povo, culpando
o ex-assessor, Cícero Sebastião. Em seguida, Vicente orienta o que a esposa do
bancário deverá falar quando for chamada para depor sobre o assassinato de João
Gregório.
"Não fiquei
surpreso"
Cícero Sebastião afirmou que soube há pouco tempo sobre o plano de
assassinato contra ele. O ex-assessor diz não estar surpreso com o plano de
execução, já que ele lutou para que a morte de João do Povo fosse esclarecida.
"Eu brigava por justiça. Sabia os riscos que eu corria, mas, eu estava
disposto a desvendar esse crime, inclusive se fosse pagar com a própria
vida".
O ex-assessor afirmou ainda que, antes da execução de João do Povo,
alertou ao então prefeito de Granjeiro sobre o crime. Conforme Kleber, havia
fortes indícios de que os suspeitos, como Ticiano Félix e Vicente Félix,
queriam a chefia da prefeitura, chegando a fazer denúncias infundadas contra o
gestor à época e tentando subornar vereadores, oferecendo cerca de R$ 100 mil
para os políticos.
"Viviam nas rádios da região, dando entrevistas. Faziam
denúncias infundadas. Quando não conseguiram pela Justiça, partiram para compra
a dos vereadores. Como conhecíamos os vereadores do município, eu procurei o
prefeito e disse: "João, cuidado que eles vão te matar". Avisei antes
do crime. E aí, foi só o que deu", afirmou o ex-assessor.
Justiça
Apesar da preocupação de ser apontado como o alvo de um
assassinato, Kleber afirma não buscar apenas proteção para a própria vida, mas
também busca a solução para a morte de João do Povo, por meio da prisão e
condenação de todos os envolvidos no assassinato.
"A gente fica preocupado. Mas em nenhum momento devemos baixar
a cabeça. Conseguimos vencer uma batalha e vamos continuar até vencer uma
guerra, pois todos serão condenados. Que a Polícia continue trabalhando, e que
a justiça continue sendo feita", salientou o ex-assessor.
0 comments:
[ Deixe-nos seu Comentário ]
Os comentários aqui postados expressam a opinião dos seus autores, responsáveis por seu teor