(Foto:
Marcos Corrêa - PR)
Mais de mil padres assinaram um manifesto em apoio aos bispos
que haviam divulgado uma carta em crítica a Jair Bolsonaro. Segundo os padres,
o governo atual faz uma defesa "intransigente dos interesses de uma
economia que mata, centrada no mercado e no lucro a qualquer preço".
Aumenta o racha entre as chamadas alas "progressista" e
"conservadora" na Igreja Católica
31 de julho de
2020
Mil e
cinquenta e oito padres brasileiros assinaram um manifesto, divulgado na tarde
desta quinta-feira (30), em apoio a uma carta de 152 bispos da Igreja Católica
com críticas ao governo Jair Bolsonaro (sem partido), tornada pública no fim de
semana. A iniciativa aumenta o racha entre as chamadas alas
"progressista" e "conservadora" na Igreja Católica.
De acordo com
o documento dos padres, publicado pela BBC, os governantes "têm o dever de
agir em favor de toda a população, de maneira especial os mais pobres",
mas "não tem sido esse o projeto do atual governo", que "não
coloca no centro a pessoa humana e o bem de todos, mas a defesa intransigente
dos interesses de uma economia que mata, centrada no mercado e no lucro a
qualquer preço".
"Por
isso, também estamos profundamente indignados com ações do presidente da
República em desfavor e com desdém para com a vida de seres humanos e também
com a da 'nossa irmã, a Mãe Terra', e tantas ações que vão contra a vida do
povo e a soberania do Brasil", diz o texto.
Os padres
disseram que a manifestação dos bispos brasileiros "em profunda comunhão
com o papa Francisco e seu magistério e em comunhão plena com a Conferência
Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB)" oferece ao povo "luzes para o
discernimento dos sinais nestes tempos tão difíceis da história do nosso
País".
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