![]() |
Foto: Reprodução |
“Não se beneficia alguém por fugir”: criminalistas criticam
absurdo da prisão domiciliar para mulher foragida de Queiroz
Publicado por
Kiko Nogueira - 10 de julho de 2020
A prisão
domiciliar conquistada por Queiroz e sua mulher, Márcia Aguiar, causou espanto
entre juristas.
A decisão foi do
presidente do STJ, João Otávio Noronha, o mesmo que livrou Bolsonaro de mostrar
o exame de covid e que foi alvo de uma declaração de amor do presidente.
“Eu confesso que
a primeira vez que o vi foi um amor à primeira vista”, disse o sujeito ao juiz.
A avaliação de
magistrados daquela corte é que a decisão “envergonha o tribunal”, diz Bela
Megale no Globo.
Noronha vem
“usando a jurisdição para conseguir uma das vagas no Supremo Tribunal Federal”
que serão abertas no governo de Jair Bolsonaro.
Segue:
A principal
crítica dos magistrados foi sobre Noronha conceder o benefício à esposa de
Queiroz, foragida desde 18 de junho.
Um dos ministros
ouvidos pela coluna disse que está claro que “conceder prisão domiciliar aos
dois, nas condições atuais, sai da jurisprudência normal da corte”.
A justificativa
para a mamata de Márcia foi de que ela precisava cuidar do marido. O auxiliar
de Flávio Bolsonaro tem câncer, como se sabe.
Vinicius Segalla
ouviu um grande criminalista sobre o caso de Márcia.
Se ela já estava
foragida, isso não seria razão suficiente para a manutenção da prisão
preventiva por risco de fuga?
“O que é
inaceitável é ela ter um regime de prisão relaxado estando foragida. Aí é de
foder”, afirmou. “Não se pune alguém por tentar fugir. Mas também não se
beneficia”.
0 comments:
[ Deixe-nos seu Comentário ]
Os comentários aqui postados expressam a opinião dos seus autores, responsáveis por seu teor