(Foto:
REUTERS/Adriano Machado)
Em post no Facebook, Jair Bolsonaro ironizou a Globo e cobrou
que a emissora divulgue em sua atração de domingo a delação do doleiro que
disse que entregava cerca de US$ 300 mil mensais aos donos da Globo
16 de agosto
de 2020
Enquanto a Globo
noticia em seus telejornais o esquema de corrupção do clã Bolsonaro, conhecido
como "rachadinha", que consiste no desvio de salários de servidores
da Alerj e do Congresso Nacional para despesas pessoais do clã presidencial,
Jair Bolsonaro usou seu facebook, neste sábado, para cobrar da Globo uma
reportagem do Fantástico sobre a delação de Dario Messer, que disse que
entregava cerca de US$ 300 mil mensais aos donos da Globo. "Aguardando
reportagem do Fantástico", postou Bolsonaro nesta tarde.
No acordo de
delação premiada homologado pela Justiça Federal do Rio de Janeiro, Dario
Messer, conhecido como o "doleiros dos doleiros" contou ao Ministério
Público Federal do Rio que fez entregas regulares de dólares em espécie para a
família Marinho, dona da Rede Globo.
De acordo com
reportagem da revista Veja, publicada nesta sexta-feira (14), Messer disse aos
procuradores que a entrega dos pacotes de dinheiro acontecia dentro da sede da
Rede Globo, no Jardim Botânico. "Messer diz que um funcionário de sua
equipe entregava de duas a três vezes por mês quantias que oscilavam entre 50
000 e 300 000 dólares", diz a revista.
Ao MPF-RJ, o
doleiro não apresentou provas das acusações. Ele disse que as operações com a
família Marinho se iniciaram nos 1990 e eram feitos por intermédio de Celso
Barizon, supostamente gerente da conta da família no banco Safra de Nova York.
Pelo acordo de
delação premiada, Dario Messer se comprometeu a devolver aos cofres públicos cerca
de R$ 1 bilhão. Ele ficará ainda com R$ 3 milhões e um apartamento no Leblon,
no Rio de Janeiro.
De acordo com
o delator, a pessoa que recebia o dinheiro na Globo era um funcionário
identificado por ele como José Aleixo. "O doleiro sustenta em depoimento
que os destinatários do dinheiro seriam os irmãos Roberto Irineu (Presidente do
Conselho de Administração do Grupo Globo) e João Roberto Marinho
(vice-presidente do Grupo Globo)", diz a Veja.
Em nota à
revista, a Rede Globo negou que Roberto Irineu e João Roberto Marinho nunca
tiveram contas não declaradas às autoridades brasileiras no exterior e nunca
realizaram operações de câmbio não declaradas às autoridades.
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