(Foto: REUTERS/Sergio Moraes)
A G5 Partners, de Marcelo Serfaty, foi
contratada por R$ 9,5 milhões, o que aponta claro conflito de interesses
2 de agosto de 2020
O BNDES, que recentemente vendeu participação acionária numa empresa de
energia por valor menor do que o oferecido por outro participante da disputa, é
alvo de uma nova denúncia. O banco anunciou, entre dezembro de 2019 e fevereiro
deste ano, três contratos de consultoria com o consórcio do qual faz parte a G5
Partners Consultoria e Participações, no valor total de R$ 9,7 milhões, para
fazer a modelagem de privatizações ou venda de participação em estatais que o
governo Jair Bolsonaro planeja realizar. O problema é o que o vencedor dos
pregões eletrônicos tinha, até 31 de outubro de 2019, como um dos seus sócios,
Marcelo Serfaty, presidente do Conselho de Administração do BNDES, segundo
informa o jornalista Patrick Camporez, no jornal Estado de S. Paulo.
"O empresário continua vinculado com a G5 Partners. Eles são sócios
na G5 Gestora de Recursos, da qual Serfaty detém 49,5% do negócio e segue como
membro de comitê de investimentos. A G5 Partners tem 49% do negócio. O administrador é Renato
Klarnet, representante legal da G5 Partners, na qualidade de sócio",
aponta a reportagem. O jornalista informa que a área de integridade,
controladoria e gestão de riscos do banco alertou sobre potencial conflito de
interesses e pediu que o vínculo de Serfaty com a G5 fosse analisado pelo
Comitê de Ética da instituição, o que não ocorreu. O banco enviou o caso para
análise da Controladoria Geral da União (CGU), que ainda não se posicionou.
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