Em artigo sobre a política externa da submissão, ela desenha os
prejuízos que a destruição do Itamaraty está causando à economia brasileira
15 de setembro
de 2020
Países que
perdem sua soberania, como aconteceu com o Brasil após o golpe de 2016, reduzem
seu potencial de crescimento econômico porque passam a ser governados para
atender interesses de outras nações – e não seus próprios interesses. É o que
demonstra a jornalista Miriam Leitão, que, embora tenha apoiado o golpe, hoje
aponta, em artigo, os prejuízos da submissão do Brasil aos Estados Unidos.
"A
subserviência aos Estados Unidos, marca maior da política externa do governo
Bolsonaro, produz prejuízos concretos. Os americanos reduziram as cotas na
exportação brasileira de aço. O Brasil não apenas aceitou, mas premiou o país,
mantendo as cotas de importação de etanol americano sem tarifa. Cedeu também
quando retirou o nome brasileiro e aderiu ao candidato americano, que foi
eleito neste fim de semana para presidir o Banco Interamericano de
Desenvolvimento. Um americano no BID é fato inédito na história da instituição.
No caso do etanol, o governo quis beneficiar a campanha de Donald Trump à reeleição,
só que em detrimento dos interesses dos produtores do Brasil", diz ela.
"Quando se fala que uma política externa independente é a que pensa nos
interesses do Brasil em primeiro lugar, isso não é apenas retórica. Há efeitos
concretos. A subserviência tem um preço", afirma.
Ela também
aponta a inconstitucionalidade da política externa. "A Constituição
brasileira condena qualquer discriminação de gênero, portanto, a política
externa brasileira é inconstitucional na área de direitos da mulher. Na economia,
trai os interesses econômicos do próprio país. A diplomacia do governo
Bolsonaro se divorciou do Brasil", afirma.
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