Por Fernando Brito | 26/09/2020
A antecipação da aposentadoria de Celso de Mello para o dia 13 de
outubro – a data da “expulsória” por completar 75 anos seria 1° de novembro –
cria um clima de mistério sobre a votação da suspeição de Sérgio Moro nos
processos contra Lula que só os próximos dias irão esclarecer.
Como se esperava que Mello desse um voto pela suspeição do ex-juiz de
Curitiba – o que já ocorreu num caso julgado em 2013 – e que, junto com os
possíveis votos de Gilmar Mendes e Ricardo Lewandowski, formasse maioria para
decretar a nulidade dos atos praticados na Inquisição de Curitiba.
O julgamento tem o placar de dois a zero em favor de Moro, neste
momento, mas ninguém duvida que, depois de quase dois anos suspenso, os três
votos restantes estão mais do que instruídos e preparados.
O que vamos saber, agora, é se Gilmar Mendes, presidente da 2a. Turma do
STF, vai liberar o processo e pautá-lo para julgamento – virtual, quase que
certamente, ainda mais depois da onda de Covid 19 – ou se ele e Mello se
recolherão ao expediente do tempo para fugir de uma decisão.
E, portanto, se a cena final dos 31 anos do decano do STF será de
coragem ou de omissão.
0 comments:
[ Deixe-nos seu Comentário ]
Os comentários aqui postados expressam a opinião dos seus autores, responsáveis por seu teor