Pleito deste ano apresenta várias mudanças em função do
coronavírus, mas também traz novas regras eleitorais que devem dificultar a
vida dos candidatos
Por Leonardo
Igor | 27/09/2020
Você já se
perguntou por que certo candidato a vereador ou deputado tirou mais votos que
outros e não foi eleito? Ou mesmo por que um candidato de um partido que você
sequer conhece foi eleito graças ao seu voto? Quando o deputado federal
Tiririca (PL) foi eleito em 2010 com mais de 1,3 milhão de votos, o mais votado
de São Paulo, levou consigo outros três deputados, um deles com apenas 90 mil
votos.
A explicação
para este fenômeno envolve as coligações partidárias para cargos proporcionais,
que estão proibidas a partir destas eleições de 2020. Combinada com a cláusula
de barreira e mudança no combate às candidaturas fictícias, estas três mudanças
são a maior alteração no ordenamento jurídico das eleições brasileiras nos
últimos anos.
Os maiores
afetados são os candidatos ao Legislativo, ou seja, os postulantes às câmaras
municipais no pleito deste ano. Agora, os partidos vão precisar caminhar por
suas próprias pernas para chegar à reta final e sem a garantia de que os nomes
mais conhecidos vão ajudar a eleger desconhecidos.
Para o
eleitorado, as alterações nas regras do jogo devem deixar mais nítido como seu
voto contribuiu no resultado das eleições.
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