(Foto: ABr
| Divulgação)
Em editorial de página inteira, jornal da família Frias mostra
alinhamento com a política econômica bolsonarista e diz que o teto de gastos
estabilizou a dívida interna, quando os dados verdadeiros mostram outra
realidade
6 de setembro de
2020
Alinhada à
política econômica de Paulo Guedes, a Folha de S. Paulo manipula dados
econômicos para defender a manutenção do teto de gastos, política aprovada após
o golpe de 2016, que reduziu despesas do estado, congelou investimentos
públicos e também o ritmo de crescimento da economia brasileira, afetando
negativamente a arrecadação de impostos.
No texto Em
defesa do teto, a Folha afirma que, "entre 2013 e 2016, a dívida pública
saltaria quase 20 pontos, atingindo 70% como proporção do PIB (Produto Interno
Bruto)", tentando jogar a crise do endividamento no colo da ex-presidente
Dilma Rousseff, afastada em maio de 2016. Os dados verdadeiros, no entanto,
mostraram que os governos Lula e Dilma reduziram o endividamento – e que ele
cresce em 2015, quando ela foi sabotada e impedida de governar pela conspiração
golpista e em 2016, já na gestão de Michel Temer, assim como nos anos
seguintes.
O texto também
afirma que "a dívida pública manteve-se estável nos últimos dois anos ao
redor de 76% do PIB", o que não é verdade, pois o endividamento seguiu
crescendo mesmo antes da pandemia, em razão do baixo dinamismo da economia
brasileira no período posterior ao golpe. O editorial aponta os juros baixos,
mas que são consequência da depressão econômica – e não necessariamente do teto
de gastos. O que o editorial revela é que a Folha segue aferrada a dogmas
neoliberais de eficácia extremamente duvidosa.
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