(Foto: Antonio Augusto/Câmara dos Deputados)
lvo de mandado de prisão nesta sexta-feira, a ex-deputada
Cristiane Brasil, filha de Roberto Jefferson (PTB-RJ), usou uma camisa da CBF,
ao voltar pelo golpe contra Dilma Rousseff. Na blusa, estava escrito
"basta" em cima de uma mão com nove dedos, uma referência ao
ex-presidente Lula, condenado sem provas no processo do triplex no Guarujá (SP)
11 de setembro
de 2020
Alvo de mandado
de prisão nesta sexta-feira (11), a ex-deputada federal Cristiane Brasil, filha
do ex-deputado Roberto Jefferson (PTB-RJ), usou uma camisa da CBF (Confederação
Brasileira de Futebol), ao voltar pelo golpe contra Dilma Rousseff, em 2016. Na
blusa, estava escrito "basta" em cima de uma mão com nove dedos, uma
referência ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, condenado sem provas no
processo do triplex no Guarujá (SP).
"Há 11 anos
atrás meu pai perdeu seu mandato porque disse a verdade, em homenagem ao meu
pai, à verdade, à democracia, meu voto é sim", disse ela ao justificar o
seu voto pelo golpe.
A parlamentar é
alvo de mandado de prisão em uma investigação sobre supostos desvios em
contratos de assistência social no governo do estado e na Prefeitura do Rio. Os
contratos sob investigação, firmados entre 2013 e 2018, custaram quase R$ 120 milhões
aos cofres públicos. O secretário estadual de Educação do Rio de Janeiro, Pedro
Fernandes, foi preso.
O pai da
parlamentar, ex-deputado Roberto Jefferson, é investigado no inquérito do
Supremo Tribunal Federal que apura um esquema de propagação de fake news. O
presidente nacional do PTB e atual aliado de Jair Bolsonaro foi um dos alvos de
mandados de busca e apreensão da Polícia Federal (PF), em maio, após
autorização do ministro da Corte Alexandre de Moraes.
A filha do
ex-deputado votou pelo afastamento de Dilma sem crime de responsabilidade. A
então presidente da República foi acusada de ter cometido as chamadas
"pedaladas fiscais", o que foi desmentido por uma perícia do Senado
em 2016.
"Pela
análise dos dados, dos documentos e das informações relativos ao Plano Safra,
não foi identificado ato comissivo da Exma. Sra. Presidente da República que
tenha contribuído direta ou imediatamente para que ocorressem os atrasos nos
pagamentos", diz trecho do laudo.
Também naquele
ano, o Ministério Público Federal concluiu que a "pedalada" fiscal
envolvendo o Plano Safra não é operação de crédito, nem crime. Em sua decisão,
o procurador da República Ivan Cláudio Marx levantou suspeitas sobre
"eventuais objetivos eleitorais" com as "pedaladas" e
afirmou que o caso "talvez represente o passo final na infeliz
transformação do denominado 'jeitinho brasileiro' em 'criatividade
maquiavélica'".
O ex-presidente
Lula, também criticado por Cristiane por meio de um "símbolo" na
camisa da seleção brasileira, foi acusado de ter recebido da OAS um apartamento
como propina, mas nunca dormiu nem tinha a chave do imóvel.
Uma reportagem
do site Intercept Brasil, publicada em junho do ano passado, apontou que o
procurador Deltan Dallagnol duvidava da existência de provas contra Lula.
"No dia 9 de setembro de 2016, precisamente às 21h36 daquela sexta-feira, Deltan Dallagnol enviou uma mensagem a um grupo batizado de Incendiários ROJ, formado pelos procuradores que trabalhavam no caso. Ele digitou: 'Falarão que estamos acusando com base em notícia de jornal e indícios frágeis… então é um item que é bom que esteja bem amarrado. Fora esse item, até agora tenho receio da ligação entre petrobras e o enriquecimento, e depois que me falaram to com receio da história do apto… São pontos em que temos que ter as respostas ajustadas e na ponta da língua'", diz o site.
Ao apresentar a
denúncia em setembro de 2016, o procurador Henrique Pozzobon admitiu que não
havia "provas cabais" de que o ex-presidente era o proprietário do
imóvel.
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