(Foto:
Marcelo Camargo - ABR)
Decisão de mudar-se para os Estados Unidos deve-se ao fato de
ser um “inimigo do poder” no Brasil, desde que rompeu com Jair Bolsonaro, e
também de não ser mais convidado para palestras, segundo informa o jornal Valor
Econômico
7 de outubro de
2020
A provável
mudança do ex-juiz Sérgio Moro para os Estados Unidos deve-se ao fato de que
suas perspectivas políticas e profissionais se tornaram mais estreitas no
Brasil. “Inimigo do governo” desde que rompeu com Jair Bolsonaro, ele não tem
sido mais convidado para palestras, mesmo aquelas promovidas por grupos de
direita, uma vez que os empresários costumam ser pragmáticos. Além disso,
segundo informa o jornal Valor Econômico, em reportagem de André Guilherme
Vieira, não há mais clima para eventos com Moro na América do Sul. Uma palestra
na Argentina teve que ser cancelada, em razão de protestos de grupos que
defendem o estado de direito e combatem a prática do lawfare, que consiste no
uso de mecanismos judiciais para perseguição política.
No Brasil, Moro
conta hoje apenas com um emprego, o de professor na UniCeub, uma universidade
privada de Brasília, em que dá aulas remotas. Nos Estados Unidos, provável
destino do ex-juiz, ele contaria com alguns aliados, uma vez que a Lava Jato
foi decisiva para um novo enquadramento geopolítico do Brasil, que deixou de
ser um país soberano e voltou a ser satélite do governo estadunidense. Além
disso, a Petrobrás foi forçada a pagar multas bilionárias aos Estados Unidos.
De acordo com o jornalista Paulo Moreira Leite, que acompanhou a ascensão e o
atual ostracismo de Moro, o ex-juiz “já vai tarde”.
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