(Foto: REUTERS/Diego Vara)
Além dos dois seguranças que espancaram
Beto Freitas até a morte, a Polícia Civil anunciou a prisão de uma terceira
pessoa, a fiscal Adriana Alves Dutra, que estava no comando dos dois seguranças
que lincharam João Alberto Freitas até a morte
24 de novembro de 2020
A Polícia Civil prendeu nesta terça-feira (24) a funcionária do
Carrefour Adriana Alves Dutra por suspeita de envolvimento na morte de João
Alberto Freitas. A agente de fiscalização do supermercado aparece nos vídeos
que foram gravados por testemunhas, andando ao redor da vítima, e parece dar
ordens por meio de um rádio. Ao ver que está sendo filmada, ela tenta impedir e
discute com pessoas.
Beto, como era conhecido, era negro e foi espancado até a morte por dois
seguranças em unidade do Carrefour em Porto Alegre, no dia 19 de novembro.
Segundo a Polícia Civil, Adriana tem uma atuação determinante na morte
de João Alberto por estar no comando dos dois seguranças que o espancaram,
Giovane Gaspar e Magno Borges, que já estão presos.
Em coluna no 247, o jornalista Marcelo Auler havia cobrado a
responsabilização de mais pessoas na morte de João Alberto. "É o caso de
Adriana Alves Dutra, agente de fiscalização do supermercado, que aparece na
cena do crime filmando toda a agressão sem nada fazer para impedi-la",
escreveu.
A morte de Beto Freitas estimulou diversos protestos contra o racismo e
violência contra pessoas negras pelo Brasil. Um dos principais focos de revolta
foi o Carrefour, que tem um histórico de envolvimento em casos de racismo.
0 comments:
[ Deixe-nos seu Comentário ]
Os comentários aqui postados expressam a opinião dos seus autores, responsáveis por seu teor