(Foto: Reuters)
“Eu simbolizava a notícia e ele ficou com
raiva do ‘carteiro’, ficou com raiva do Ministério da Saúde”, afirmou o
ex-ministro
12 de dezembro de 2020
O ex-ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, disse, em entrevista ao
jornalista Pedro Bial, que avisou Jair Bolsonaro sobre as 180 mil mortes que o
Brasil teria em 2020, em decorrência da covid-19. “Eu simbolizava a notícia e
ele ficou com raiva do ‘carteiro’, ficou com raiva do Ministério da Saúde”,
afirma.
“Eu tentava puxar ele logo para a
fase proativa. Eu nunca falei em público que eu trabalhava com 180 mil óbitos
se nós não interviéssemos, mas para ele eu mostrei, entreguei por escrito, para
que ele pudesse saber a responsabilidade dos caminhos que ele fosse optar. Foi
realmente uma reação bem negacionista e bem raivosa”, aponta.
Saiba mais em reportagem da Reuters:
(Reuters) - O Brasil ultrapassou nesta sexta-feira a marca de 180 mil
mortes em decorrência da Covid-19, com o registro de 646 novos óbitos elevando
o total de vítimas fatais da doença no país a 180.411, informou o Ministério da
Saúde.
Também foram notificados 53.030 novos casos de coronavírus no Brasil,
que engata o quarto dia consecutivo com mais de 50 mil infecções reportadas e
atinge um total de 6.834.829, segundo a pasta.
Nesta semana, conforme os dados do governo, a contagem diária de novos
casos ficou abaixo da marca de 50 mil apenas no domingo e segunda-feira, dias
em que tradicionalmente há notificações reduzidas em função do represamento de
testes aos finais de semana.
Estado mais afetado pela doença no país, São Paulo atingiu nesta sexta
as marcas de 1.325.162 casos e 43.802 mortes.
Em entrevista coletiva, o secretário de Saúde paulista, Jean
Gorinchteyn, indicou que nas últimas três semanas houve incrementos de 23,6% na
média diária de casos, de 15,5% na média de internações e de 30,3% na média de
óbitos no Estado.
Segundo ele, o movimento faz parte de um repique global da Covid-19.
“Não é só o Brasil, não é só São Paulo que apresentou a recrudescência no
número de casos”, afirmou, citando dados de países europeus e dos Estados
Unidos.
O Brasil é o segundo país com maior número de mortes por coronavírus no
mundo, atrás apenas dos Estados Unidos, e o terceiro em casos, abaixo dos EUA e
da Índia.
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