23 de janeiro
de 2021
Ainda que com
números menos expressivos do que a pesquisa da Ideia/Exame revelada esta manhã,
o Datafolha que acabou de ser divulgado confirma a queda abrupta na aprovação
do governo de Jair Bolsonaro, caindo seu índice de “ótimo/bom”, de 37% para
31%, nas pesquisas realizadas, respectivamente, em dezembro e em janeiro. Já o
“ruim/péssimo” disparou, em um mês, de 32% para 40%.
Como disse
antes, a soma dos efeitos da pandemia expressa no caos no Amazonas, a confusão
em torno da vacina e o fim do auxílio emergencial , misturados, formaram um
coquetel tóxico para a popularidade do ex-capitão, em todas as regiões do país
e em todas as classes sociais.
Mas o apoio a
Bolsonaro, observe o gráfico, continua perto dos 30% da população, o que
significa que o eleitorado de direita tradicional segue com ele e isso continua
a interditar o surgimento viável de uma candidatura de “direita civilizada” e
faz com que Moro, Doria, Huck, Maia e quem mais quiser ser este personagem terá
dificuldade de crescer diante de uma candidatura à reeleição.
Um dado parece
mais incrível, porém, que a manutenção do apoio do terço de votos que são a
expressão da direita brasileira. É aterrador o que descreve a Folha, ao
comentar a pesquisa:
[Os]
empresários seguem sendo o grupo profissional mais fiel ao presidente. Entre
quem se classifica assim, Bolsonaro tem 51% de aprovação, 35% de “sempre
confia” e 58% de crença em sua capacidade [de governar bem o país].
É um retrato
das razões do nosso atraso econômico. Temos um empresariado que liga menos para
o crescimento do mercado que para pagar impostos, gosta mais de explorar seus
trabalhadores do que ter uma mão de obra satisfeita, dignificada e capaz, que
encara os negócios como esperteza, não como algo que deve ser seguro e
sustentável.
O negócio,
para eles, é mandar o povo tirar a máscara, gastar dinheiro e morrer feliz.
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