(Foto: PR | Roberto Parizotti)
"O País não pode ficar refém de alguém
que despreza a vida da população", diz o jornal, que esteve entre as
forças que promoveram o golpe de 2016
22 de janeiro de 2021
Setores da elite brasileira, que promoveram o golpe de 2016 contra a
ex-presidente Dilma Rousseff, que teve como objetivo aplicar um choque
neoliberal na economia, retirando direitos de trabalhadores, e também atacar a
soberania nacional, já não suportam mais a presença de Jair Bolsonaro na
presidência da República. É o caso do jornal Estado de S. Paulo, que, pela
primeira vez, pede seu impeachment.
"Existem, assim, 56 pedidos sobre a mesa do presidente da Câmara
dos Deputados, a quem compete verificar o preenchimento dos requisitos legais
e, se for o caso, submetê-los à apreciação de comissão especial, composta por
representantes de todos os partidos. O caráter especial dos tempos atuais –
apesar do início da vacinação, o País ainda está distante de vencer a pandemia
– não deve significar a inviabilidade, por princípio, de qualquer pedido de
impeachment", aponta o editorial desta sexta-feira.
"A maioria das denúncias contra o presidente da República por crime
de responsabilidade ocorreu precisamente em função de sua conduta no
enfrentamento da crise sanitária. Depois de quase um ano de pandemia, Jair
Bolsonaro deu mostras mais que suficientes de que não vai mudar. O Direito e a
Política dispõem de instrumentos para sanar essas situações. Que o presidente
da Câmara não tenha receio de usá-los. O País não pode ficar refém de alguém
que despreza não apenas a Constituição, mas a vida e a saúde de sua
população", finaliza o editorialista.
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