Moro foi aconselhado por Dalagnoll após
defesa de Lula querer ouvir Tacla Durán: ‘Respira fundo’
29 de janeiro de 2021
Mensagens trocadas entre Sergio Moro — então juiz titular da 13ª Vara
Federal de Curitiba, responsável pelos casos da autodenominada “lava jato” — e
Deltan Dallagnol — à época coordenador da “operação” — revelam que a condução
de processos relacionados a Lula foi combinada entre acusação e julgador.
Moro perguntou a Dallagnol se os procuradores tinham uma denúncia
‘sólida o suficiente’ contra Lula e, em resposta, obteve informações sobre o
que eles apresentariam contra o ex-presidente.
Procurador e juiz também trocam confidências sobre a atuação da defesa
de Lula e as denúncias do advogado Rodrigo Tacla Durán de que um amigo de Moro
lucraria intermediando acordos de delação premiada.
Moro recebe orientação de Dallagnol sobre
como lidar com Lula – Foto; Reprodução
Para os advogados de Lula, “é possível desde já constatar, para além da
escancarada ausência de equidistância que deveria haver entre juiz e partes,
por exemplo: (1) a efetiva existência de troca de correspondência entre a
“força-tarefa da lava jato” e outros países que participaram, direta ou
indiretamente, do Acordo de Leniência da Odebrecht, como, por exemplo,
autoridades dos Estados Unidos da América; (2) documentos e informações que
configuram quebra da cadeia de custódia relacionados aos sistemas da Odebrecht;
e (3) a busca selvagem e a lavagem de provas pelos órgãos de persecução, com a
ciência e anuência do juízo de piso”.
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