(Foto: Marcos Corrêa/PR)
Jornal também começa a aderir ao Fora Bolsonaro, depois de ter uma das
peças usadas no golpe de 2016 contra a ex-presidente Dilma Rousseff
22 de janeiro de 2021
Além do jornal Estado de S. Paulo, que passou a pedir o impeachment de
Jair Bolsonaro, a Folha também aderiu a esta tese. Nesta sexta-feira, a
manchete principal do jornal impresso estampa que o "colapso em Manaus e a
derrapada na vacinação fortalecem base jurídica para impeachment de
Bolsonaro". Mais do que isso, o jornal afirma que a "pandemia da
Covid soma-se a outras 22 situações em que atos do presidente são passíveis de
enquadramento como crime de responsabilidade". Ou seja: Jair Bolsonaro
cometeu nada menos do que 23 crimes de responsabilidade – o que chega a ser
constrangedor para uma publicação que defendeu a derrubada da ex-presidente
Dilma Rousseff sem que ela tivesse cometido qualquer delito.
"A Folha compilou ao menos 23 situações em que Bolsonaro, em seus
dois anos de governo até aqui, promoveu atitudes que podem ser enquadradas como
crime de responsabilidade, e que vão da publicação de um vídeo pornográfico em
suas redes sociais no Carnaval de 2019 aos reiterados apoios a manifestações de
cunho antidemocrático", aponta a reportagem desta sexta-feira.
"No caso da pandemia, dos oito especialistas ouvidos pela
reportagem, sete apontam a garantia social da saúde da população como a
principal regra violada pelo governo. A Constituição lista em seu artigo 85 os
atos do presidente que configuram crime de responsabilidade. Entre eles está os
que atentam contra o exercício dos direitos políticos, individuais e sociais —a
saúde estando no último grupo", diz ainda o texto.
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