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Protagonista do golpe de 2016, Eduardo Cunha reconhece o que todos sabem – que Dilma foi golpeada – e diz que o PT vive hoje "síndrome de Estocolmo" por se aliar a Baleia Rossi, deputado que é aliado de Michel Temer e Rodrigo Maia, dos principais articuladores deste processo
26 de janeiro de 2021
O aguardado livro "Tchau, querida", do ex-deputado Eduardo
Cunha, confirma, para a História, o que todos os brasileiros com acesso à
informação e honestidade intelectual já sabem: a ex-presidente Dilma Rousseff
foi vítima de um golpe de estado, que destruiu a democracia e vem também
destruindo a economia brasileira. Cunha, que foi aliado do ex-presidente
Fernando Collor, diz que o PT teve papel importante no afastamento do primeiro
presidente da Nova República e diz que "quem com golpe fere, com golpe
será ferido".
No livro, ele revela o papel vil desempenhado por Michel Temer, que
traiu a ex-presidente. "Temer foi sim o militante mais atuante e
importante. Sem essa sua atuação não teria havido o impeachment. Não foi apenas
o destino, ou simplesmente a previsão constitucional, que fizeram Michel Temer
presidente da República. Ele simplesmente quis e disputou a presidência de
forma indireta", escreve Cunha.
Sobre os articuladores do golpe, Cunha aponta o dedo para o PSDB, na
figura do então líder Carlos Sampaio, e para Rodrigo Maia. "Foi no
apartamento de Rodrigo Maia, em São Conrado no Rio de Janeiro, em 10 de outubro
de 2015, em uma reunião articulada por ele, com o então líder do PSDB Carlos
Sampaio e o então líder da minoria Bruno Araújo, que se decidiu a mudança, exigida
por mim do pedido de impeachment, que tinha sido apresentado na Câmara",
escreve.
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