(Foto: Felipe L. Gonçalves/Brasil247 | Reprodução)
O pedido para que o ex-presidente Lula não
tenha acesso às conversas contradiz com a postura adotada pelos procuradores
quando comandavam a Lava Jato, segundo a jornalista Mônica Bergamo
28 de janeiro de 2021
Os ministros do Supremo Tribunal Federal estão surpresos com o pedido
feito pelo procurador Deltan Dallagnol para que o ex-presidente Luiz Inácio
Lula da Silva não tenha acesso às conversas da Vaza Jato que podem não apenas
inocentá-lo, como também demonstrar que ele foi alvo de perseguição política. É
o que informa a jornalista Mônica Bergamo, em sua coluna desta quinta-feira.
"Na semana passada, o ministro Ricardo Lewandowski determinou a
entrega imediata do material a Lula, que pretende usar as mensagens como prova
de que sofreu perseguição da Lava Jato. Os procuradores pedem que o ministro
reconsidere a decisão —e, em caso negativo, que encaminhe o caso ao plenário do
Supremo", escreve a jornalista.
"O pedido, assinado também por procuradores como Januário Paludo e
Laura Tessler, causou estranheza entre magistrados: quando comandavam a Lava
Jato, os operadores divulgaram mensagens de investigados —e até mesmo conversas
privadas da ex-primeira-dama Marisa Letícia com os filhos dela e de Lula. A
resistência levantou entre ministros também a percepção de que, embora boa
parte das mensagens já tenha vindo a público, a íntegra do conteúdo preocupa os
procuradores", pontua a jornalista.
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