(Foto:
REUTERS/Rodolfo Buhrer)
Decisão foi tomada pelo Conselho Nacional do Ministério Público
depois das revelações feitas no âmbito da Operação Spoofing, que trouxe a
público diálogos criminosos e imorais do ex-coordenador da Lava Jato em
Curitiba
23 de
fevereiro de 2021
O procurador
Deltan Dallagnol, que coordenou a Lava Jato, em Curitiba, e foi desmoralizado
pelos diálogos captados pelo hacker Walter Delgatti, na Operação Spoofing, será
novamente investigado pelo Conselho Nacional do Ministério Público. Isso foi
possível porque, nesta segunda-feira (22/2), a defesa da Senadora Kátia Abreu,
representada pelos advogados Antonio Carlos de Almeida Castro e Marcelo Turbay,
apresentou requerimento junto ao CNMP para que o procedimento de remoção do
procurador Deltan Dallagnol de suas funções na força-tarefa do Paraná fosse
convertido em Reclamação Disciplinar ou encaminhado desde logo à Corregedoria
Nacional do Ministério Público para apuração de infração funcional, sobretudo
após a divulgação recente de novos fatos e diálogos telefônicos de especial
gravidade.
Nesta
terça-feira, o pedido foi acolhido e cópias dos autos remetidas para o
Corregedor para instauração de novo procedimento investigativo contra o
procurador. A decisão foi tomada pelo conselheiro Luiz Fernando Bandeira de
Mello Filho. Na sua decisão, ele apontou que Deltan Dallagnol pode ter
descumprido seu dever funcional, o que pode levá-lo à perda do cargo de
procurador federal. Os diálogos da Operação Spoofing já revelaram que Dallagnol
cooperou ilegalmente com autoridades dos Estados Unidos, da Suíça e de Mônaco e
que formou conluio com o ex-juiz Sergio Moro. Numa das mensagens, ele afirmou:
“faz tempo que não tenho vergonha na cara kkk”.
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