4 de fevereiro de 2021
Se o presidente Jair Bolsonaro e seu ministro da Economia, Paulo Guedes,
fossem à julgamento por crimes contra a economia popular, com certeza, eles
pegariam prisão perpétua.
Antes de prosseguirmos, um esclarecimento: não existe prisão perpétua no
Brasil; o termo só foi usado aqui como metáfora.
Além da face mais cruel de seu desgoverno, que elevou o desemprego ao
patamar mais alto do planeta, ou seja 50% da População Economicamente Ativa
(PEA), Bolsonaro e Guedes pisaram o acelerador da desindustrialização.
Segundo relatório da Confederação Nacional da Indústria (CNI), divulgou
nesta quinta-feira (4), os produtos industrializados representaram 43% das
exportações brasileiras em 2020 — o pior resultado em 44 anos.
Em 1977, os produtos industrializados representaram 41% das exportações
–garante a bolsonarista CNI.
Ao todo, conforme a entidade, a exportação de produtos industrializados
somou US$ 90,1 bilhões em 2020, menor valor desde 2009, quando as vendas
somaram US$ 87,8 bilhões.
No levantamento, a CNI considera como industrializados os produtos
manufaturados e semimanufaturados.
Ainda apaixonada por Bolsonaro e Guedes, a CNI atribuiu o péssimo
resultado de 2020 apenas à crise desencadeada pela pandemia do novo
coronavírus. No entanto, a depressão econômica já vinha desde 2019 com as
medidas fiscalistas e redução de investimentos públicos –o diabólico
desinvestimento.
O deputado Carlos Zarattini (PT-SP), recentemente, disse que essas
entidades do sistema S viraram especuladoras no mercado financeiro –por isso
elas relutam defender os interesses dos industriais; os dirigentes da Fiesp e
da CNI vivem de renda –dos juros em cima da contribuição compulsória de 2,5%
sobre a folha de pagamento das empresas brasileiras.
Bolsonaro e Guedes são culpados por gerar desesperança, fome, dor e
mortes no país. Logo, eles são suscetíveis à pena capital para um político: a
deseleição e o veto popular.
O Brasil necessita de um novo governo desenvolvimentista para
recuperar-se da situação de frangalho deixada por esse desgoverno; levantar a
economia de novo, reconstruir a nação por meio da industrialização, do emprego
e do consumo interno.
Blog do Esmael
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