16 de fevereiro de 2021
Em várias praças brasileiras, a exemplo do Rio de Janeiro e Curitiba,
começará a faltar vacinas para a imunização da população. Essa é a regra no
País enquanto o presidente Jair Bolsonaro segue descansando na Praia do Forte,
em São Francisco do Sul, em Santa Catarina, onde se aglomera e rejeita o uso de
máscara.
Dito isso, o governo federal tenta administrar a escassez de vacinas no
Brasil. O país luta pelo acesso ao imunizante, no entanto, a primeira medida é
lidar com a ausência e desídia do próprio mandatário.
O cronograma do Ministério da Saúde para as entregas das doses das
vacinas contra a covid-19 pelos laboratórios produtores prevê a remessa de 42,5
milhões de doses pelo consórcio Covax Facility, sendo 2,65 milhões da vacina
AstraZeneca em março e de mais 7,95 milhões do mesmo imunizante até junho. O
Brasil receberá ainda aproximadamente mais 32 milhões de doses de vacinas
contra covid-19 produzidas por laboratórios de sua escolha até o final do ano,
conforme cronogramas estabelecidos exclusivamente pelo Covax Facility.
A Secretaria de Atenção Especializada à Saúde (Seas) do ministério
destacou que o consórcio, coordenado pela Organização Mundial da Saúde (OMS),
funciona como um centro de distribuição internacional de vacinas.
Em outras remessas, a Seas informou que a previsão é receber do
Instituto Butantan, de São Paulo, 100 milhões de doses da vacina CoronaVac. Em
janeiro, conforme a secretaria, foram entregues 8,7 milhões de doses. Em
fevereiro serão mais 9,3 milhões. O cronograma tem previsões para os meses
seguintes março (18,1 milhões), abril (15,93 milhões), maio (6,03 milhões),
junho (6,03 milhões), julho (13,55 milhões), agosto (13,55 milhões) e a última
entrega prevista é para setembro (8,8 milhões).
Já da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), o cronograma estima o recebimento
de 222,4 milhões de doses da vacina Oxford/AstraZeneca. Em janeiro, o
ministério informou que recebeu 2 milhões de doses. Para fevereiro, a entrega
prevista é de 4 milhões. Em março serão 20,7 milhões, em abril mais 27,3
milhões, em maio 28,6 milhões e em junho 1,2 milhão. Conforme a secretaria, a
partir da incorporação da tecnologia da produção do IFA, a Fiocruz deverá
produzir e entregar mais 110 milhões de doses no segundo semestre de 2021.
O cronograma prevê ainda a entrega das 10 milhões de doses da vacina
Sputnik V do Instituto Gamaleya, importadas da Rússia, pela farmacêutica União
Química. De acordo com a Seas, a previsão é de que o contrato seja assinado
esta semana. Quinze dias após a assinatura, o ministério deve receber 800 mil
doses. Em abril, com 45 dias após a assinatura do contrato, a entrega será de
mais 2 milhões. Em maio outros 7,6 milhões, com 60 dias após a assinatura e a
partir da incorporação da tecnologia da produção do IFA, a União Química deverá
passar a produzir mais 8 milhões de doses por mês.
Já para a vacina Covaxin – Barat Biotech, a previsão é de receber 20
milhões de doses importadas da Índia e o contrato também deve ser assinado
nesta semana. Devem chegar ao Brasil 8 milhões de doses com dois lotes de 4,0
milhões com 20 e 30 dias após a assinatura do contrato. Em abril mais 8 milhões
também em dois lotes de 4 milhões com 45 e 60 dias após a assinatura do
contrato e em maio 4,0 milhões de doses com 70 dias após o contrato assinado.
O Brasil contabilizou 9.865.911 casos e 239.895 óbitos por Covid-19
desde o início da pandemia, segundo o Ministério da Saúde na segunda-feira
(15).
0 comments:
[ Deixe-nos seu Comentário ]
Os comentários aqui postados expressam a opinião dos seus autores, responsáveis por seu teor