(Foto: ABr)
"Primeiro a Lava Jato atua na prisão
do Lula. Prestes à eleição, divulga o chamado depoimento ou delação do Palocci,
tentando influenciar o processo eleitoral. Depois, o Moro vai para o governo
Bolsonaro, portanto eles não só apoiaram como depois passam a integrar o
governo Bolsonaro", disse ele
16 de fevereiro de 2021
O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal, confirmou, em
entrevista à BBC, a tese que vem sendo defendida há anos pelo 247. A Operação
Lava Jato corrompeu a democracia e assaltou o poder, ao perseguir o Partido dos
Trabalhadores para garantir a ascensão da extrema-direita no Brasil.
"Primeiro a Lava Jato atua na prisão do Lula. Prestes à eleição, a Lava
Jato divulga o chamado depoimento ou delação do Palocci, tentando influenciar o
processo eleitoral. Depois, o Moro vai para o governo Bolsonaro, portanto eles
não só apoiaram como depois passam a integrar o governo Bolsonaro", disse
o ministro.
Gilmar disse ainda que, em razão de seus abusos, a Lava Jato
"cometeu suicídio". Em outro trecho, ele falou sobre a suspeição do
ex-juiz Sergio Moro. "Há muita discussão sobre uma atividade de promotor
do juiz Moro. Mas o que se vê claramente é uma cooperação bastante grande entre
o juiz Sergio Moro e o promotor. Moro, por exemplo, pedindo para ter
conhecimento antecipado sobre a denúncia, ou Moro dizendo que uma determinada
testemunha deve depor desta ou daquela forma. Ou que eventual apelação à
decisão dele deveria ser submetido a ele. Portanto, tudo o que de fato não
condiz com a relação entre promotor e juiz", afirmou.
Em outro trecho, ele falou sobre os impactos para o ex-presidente Lula.
"Isso terá efeito sobre esse caso que está no Supremo, que é o caso do
Tríplex. Qualquer outro debate ou discussão terá que ser feito em processo
próprio. Há muitas discussões sobre esse assunto. Hoje, por exemplo, se fala
numa cooperação internacional informal que havia entre os membros da Lava Jato
e determinados integrante de instituições na Suíça e nos Estados Unidos, sem o
devido processo legal. Saber se, nos casos em que houve condenação, se houve
essa cooperação, pode ser relevante para esses casos também", afirmou.
0 comments:
[ Deixe-nos seu Comentário ]
Os comentários aqui postados expressam a opinião dos seus autores, responsáveis por seu teor