Por Fernando
Brito | 02/02/2021
Em entrevista
esta manhã a José Luiz Datena, na Rádio Bandeirantes, o Ministro Gilmar Mendes,
do STF, disse que a promiscuidade revelada na troca de mensagens entre o então
juiz Sergio Moro e os promotores da Força Tarefa da Lava Jato foi “uma grave
catástrofe para a Justiça e para o Ministério Público”.
Classificando
os diálogos como “nada angelicais”, Mendes disse que, mesmo sem poder antecipar
juízo de valor antes que o caso entre em pauta na 2ª Turma do Supremo Tribunal
Federal, disse que as transcrições revelam uma atuação de Moro como “se fora
chefe da Operação Lava Jato”, um verdadeiro “coordenador dos procuradores”.
Sobre a
revisão das condenações recebidas por Lula em processos conduzidos por Sérgio
Moro e, com isso, de sua inelegibilidade, O ministro preferiu ficar no “Lula
merece um julgamento justo”. O óbvio, mas nos processos da Lava jato o óbvio
cede sempre lugar ao conveniente.
A anulação do
julgamento do triplex é uma imposição moral. E não demorar com isso é o mínimo
que o STF pode fazer para consertar a tal “catástrofe”.
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