(Foto: Valter Campanato/Agência Brasil)
A investigação do PF sobre o ministro
general Eduardo Pazuello apura omissão na crise sanitária do estado do Amazonas
16 de fevereiro de 2021
Da Rede Brasil Atual – Por decisão do ministro Ricardo Lewandowski, do
Supremo Tribunal Federal (STF), a Polícia Federal poderá ter acesso aos e-mails
institucionais trocados entre o Ministério da Saúde do governo Jair Bolsonaro e
a Secretaria de Saúde do Amazonas. A investigação do PF sobre o ministro
general Eduardo Pazuello apura omissão na crise sanitária do estado do
Amazonas. Lewandowski acatou pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR) e autorizou
a PF a realizar diligências, como colher depoimentos de representantes da
empresa White Martins, responsável pelo fornecimento de cilindros de oxigênio
para o estado.
A Polícia Federal poderá, ainda, ter acesso o que foi tratado a respeito
do transporte de oxigênio para Manaus e a remoção de pacientes para hospitais
universitários federais administrados pela Empresa Brasileira de Serviços
Hospitalares (EBSERH). As informações são da Folha de S.Paulo. Centenas de
doentes morreram asfixiados devido à falta de cilindros de oxigênio medicinal
no Amazonas.
Cloroquina sob investigação
A investigação da PF também poderá identificar e ouvir os responsáveis
pelo desenvolvimento do aplicativo TrateCOV. Por meio dessa ferramenta, o
Ministério da Saúde orientava o tratamento precoce contra a covid-19, por
exemplo, com a hidroxicloroquina. Não há evidências científicas da eficácia
desses medicamentos no tratamento da a doença causada pelo novo coronavírus.
Assim, a investigação da PF sobre Pazuello está autorizada a analisar os
gastos com a compra e distribuição da cloroquina no estado. Os investigadores
poderão ouvir funcionários do Ministério da Saúde e das secretarias da Saúde do
Amazonas e de Manaus serão ser ouvidos, inclusive os que tenham sido
exonerados.
Pazuello é investigado desde 25 de janeiro, quando a abertura desse
inquérito foi autorizada por Lewandowski. O ministro da Saúde de Bolsonaro já
depôs à Polícia Federal no último dia 4. O conteúdo completo das declarações
não foi divulgado. Em nota, a assessoria informou que Pazuello detalhou as
“ações realizadas e as que estão em andamento no Amazonas para atender a
população e combater a covid-19”.
No último dia 12, o Tribunal de Contas da União (TCU) também deu prazo
de 15 dias para o Exército e o ministro da Saúde prestarem esclarecimentos
sobre a fabricação e distribuição de comprimidos de cloroquina a estados e
municípios.
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