(Foto: Reprodução)
Com sua aprovação em queda livre, Jair
Bolsonaro já sabe que isso se deve à disparada dos combustíveis, mas tem medo
de enfrentar a mudança promovida pelos golpistas na Petrobrás após o golpe
contra a ex-presidente Dilma Rousseff
19 de fevereiro de 2021
O governo de Jair Bolsonaro, que é uma continuação com toques fascistas
da "ponte para o futuro" de Michel Temer, que, por sua vez, foi uma
restauração do projeto neoliberal de Fernando Henrique Cardoso, hoje enfrenta
uma nova crise no setor de combustíveis, que foi a principal causa do golpe de
2016, contra a ex-presidente Dilma Rousseff, quando PSDB e MDB se uniram para
derrubá-la com o objetivo de iniciar a privatização aos pedaços da Petrobrás e
mudar sua política de preços. Para viabilizar este processo, a Petrobrás passou
a corrigir seus preços quase diariamente, com base na variação internacional do
dólar e do petróleo, afetando todos os
setores da economia.
No dia de ontem, depois de novos aumentos na gasolina, no diesel e no
gás de cozinha, Jair Bolsonaro disse que "algo vai acontecer" na
Petrobrás, mas ele, como escravo do mercado, parece não ter coragem de
enfrentar a real causa do problema, que foi o desmonte da Petrobrás, como
empresa integrada, e de sua política de preços, após o golpe de 2016. Ao que
tudo indica, ele pretende retirar receitas fiscais dos estados, ao invés de
enfrentar as forças de mercado.
Segundo reportagem da CNN, Bolsonaro afirmou que se reuniu nesta quinta
com a equipe econômica e que ficou decidido que a partir de 1º de março os
impostos federais sobre os combustíveis estarão zerados por dois meses.
"Por que dois meses? Porque nesses dois meses vamos buscar uma maneira
definitiva para zerar esse imposto do diesel", disse Bolsonaro. “Demos
entrada na semana passada no projeto de lei complementar sobre ICMS dos
combustíveis. A proposta nossa é que o Confaz decida o valor do ICMS em cada
tipo de combustível. Não é interferência nossa", afirmou. “Acho até que o
Confaz pode dar um valor máximo e cada estado vai até aquele máximo ali. É
inacreditável, quanto mais pobre o estado, mais alto o ICMS", prosseguiu o
presidente.
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