(Foto: Aurelio Alves/O POVO).
Requerimento para a CPI da Covid-19 foi
assinado por pelo menos 30 senadores antes do Carnaval. Senador cearense é um
dos subscritores e agora "entra com pedido de urgência" para o inicio
da CPI
Por Vítor Magalhães | 27 de fevereiro de 2021
O senador Tasso Jereissati (PSDB-CE) cobra a “imediata instalação” da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid-19, no Senado, após as cenas de aglomeração e desrespeito às medidas sanitárias vistas na passagem do presidente Jair Bolsonaro pelo Ceará, na última sexta-feira, 26; um dia após o Brasil bater recorde diário de mortes por coronavírus (1.582 óbitos em 24 horas).
O parlamentar ressalta que a postura de Bolsonaro foi uma tentativa de
“desmoralizar” medidas mais rígidas de combate à pandemia que acabaram de
começar no Estado.
“Ao conclamar a população para ir à rua, o presidente está mandando as
pessoas à morte. Bolsonaro veio ao Ceará para tentar desmoralizar as medidas de
restrição. Isso é criminoso”, afirmou o cearense ao blog do jornalista Gerson
Camarotti.
O requerimento para a CPI da Covid-19 foi assinado por pelo menos 30
senadores antes do Carnaval deste ano. A assessoria de Tasso informou que ele é
um dos subscritores da CPI e que agora “entra com pedido de urgência” para que
o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), inicie os trabalhos.
Na passagem pelo Ceará, Bolsonaro desfilou em carro lotado, discursou
para apoiadores e ainda criticou indiretamente o governador Camilo Santana (PT)
que não compareceu aos eventos nos quais o presidente esteve presente, alegando
que causariam aglomeração.
Após a visita presidencial, o Ministério Público Federal (MPF) informou
que acompanha de perto os desdobramentos e que poderia instaurar procedimentos
para apurar possíveis irregularidades cometidas durante os eventos.
O órgão já havia encaminhado recomendações ao Departamento Nacional de
Infraestrutura de Transportes (Dnit) e às prefeituras de Fortaleza, Horizonte e
Tianguá para instauração de procedimentos para evitar aglomerações, que
acabaram acontecendo em Tianguá e em Caucaia.
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